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Psiquiatra aponta goumertização do ensino e hipervalorização financeira em escolas particulares
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Psiquiatra aponta goumertização do ensino e hipervalorização financeira em escolas particulares
Psiquiatra concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (24)

Foto: Victor Ramos/Metropress
Em entrevista à Rádio Metrópole nesta quinta-feira (24), o psiquiatra Marcelo Veras criticou a “goumertização” da educação e apontou os efeitos negativos de um modelo educacional voltado para interesses financeiros.
Durante o Jornal da Bahia no Ar, Veras pontuou sua visão do que seria o principal papel das instituições de ensino. "Para mim é muito mais de aproveitar ao máximo essa acessibilidade, esse salto civilizatório [causado pela chegada da internet e das redes]", afirmou. Para ele, o pensamento neoliberal tem dominado as pautas educacionais e transformado elas em um modelo em que "só o útil, a movimentação da máquina financeira e capitalista, que interessa".
Veras também afirmou que as instituições de ensino estão cada vez mais padronizadas e homogeneizadas do ensino. "Essas cadeias vão formatizando, modificando e homogeneizando. Os professores chegam cada vez mais angustiados porque são prestadores de serviços censurados", disse o psiquiatra, que também defendeu que o papel da escola deveria ser o de promover um pensamento crítico e independente, em vez de seguir um modelo que limita a criatividade e a liberdade de ensino.
Vigilância na adolescência
Ainda durante a participação na programação da Metropole,Veras também alertou sobre os desafios da adolescência moderna e a falta de discussão sobre questões importantes, como explosão do sexo e vigilância dos pais sobre o que os jovens estão consumindo e produzindo nas redes sociais. "A adolescência é uma invenção muito moderna. Sou totalmente a favor de que os pais observem o celular dos filhos aos 6, 7, 8 anos, mas sou totalmente contra que olhem aos 13, 14, 15 anos", afirmou.
Além disso, o psiquiatra abordou o problema do conteúdo impróprio que circula nas escolas, como materiais pornográficos e xenofóbicos. "É nas escolas que mais um transmite para o outro um conteúdo pornográfico, xenofóbico entre eles", explicou, ao pontuar que casos de segregação e discriminação nas redes sociais têm afetado crianças de famílias homoparentais.
Confira a entrevista na íntegra:
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