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"O próprio conceito de música erudita já dançou", diz compositor Paulo Costa Lima

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"O próprio conceito de música erudita já dançou", diz compositor Paulo Costa Lima

O compositor foi entrevistado nesta terça-feira (3) na Rádio Metropole

"O próprio conceito de música erudita já dançou", diz compositor Paulo Costa Lima

Foto: Isabelle Corbacho/Metropress

Por: Metro1 no dia 03 de setembro de 2024 às 13:42

Atualizado: no dia 03 de setembro de 2024 às 15:24

O compositor e professor Paulo Costa Lima exaltou a importância das mesclas de ritmos de músicas, sejam aqueles populares ou eruditos, para diminuir possíveis preconceitos musicais. Em entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (3), o músico ainda falou sobre a ampliação de concertos de música clássica em Salvador.

Para o professor, não existe mais o conceito de música de qualidade. Todas as músicas agregam na construção social e o que importa, segundo ele, são as conexões geradas com o público. “Estamos vivendo um ambiente em que todas as músicas são possíveis. Se todas as músicas são possíveis, diz um teórico americano, então os critérios são irrelevantes. Então fica muito difícil discutir o que é qualidade de música. O que é qualidade de música? Você vai dizer que qual música não tem qualidade?”, questionou. 

“Se tem público, gente que dança, gente que se identifica, que canta, quem está autorizado a dizer que aquela música não tem qualidade? Então o próprio conceito de música erudita já dançou. O que me interessa na qualidade de uma música é a relação entre o que está ouvindo e quem está ouvindo”, completou. 

O 21º ocupante da Academia Brasileira de Música ainda ressaltou o processo de renovação das composições. “Tem um valor aí de congregar e representar esse pertencimento pobre. Só o fato de ter uma voz, de representação, de ter um espaço de representação, isso é político também [...] Composição é composição, ela vai se renovando”, afirmou.

Questionado sobre o cenário da música clássica em Salvador, Paulo Costa Lima disse que a capital baiana viveu os melhores tempos nos últimos anos. “A gente estava vivendo uma efervescência muito grande da música clássica. Três orquestradas, a da UFBA, a do Estado e o Neojiba. Então é algo que eu nunca tinha vivido antes. É uma questão de oferta e formação. Mas a música está viva”, afirmou.

Confira a entrevista na íntegra: