Janio de Freitas: a opinião de Kamala sobre Israel não é clara, mas ela não deve adotar a política de Biden

Diante do conflito envolvendo Israel, uma questão importante é levantada nas discussões sobre a eleição presidencial dos Estados Unidos: qual será a política externa adotada por ele? No programa Três Pontos desta quinta-feira (26), o jornalista Janio de Freitas analisou essa situação e afirmou que, apesar de ainda não ser clara a posição de Kamala Harris sobre essa guerra, ela não deve seguir a política adotada pelo atual presidente, Joe Biden. 

“Não se sabe como é que a Kamala Harris vê essa guerra. As referências que ela fez são insuficientes para a gente ter uma ideia do que será a política externa dos Estados Unidos, caso seja ela vitoriosa na eleição”, ponderou o jornalista. Segundo Janio, Kamala se referiu ao conflito apenas defendendo que é “preciso proteger os palestinos da violência com que o Estado de Israel tem respondido ao 7 de outubro”, mas de uma forma rápida e superficial.

“Em geral, em política, isso é uma ação interpretável como algo que protege e esconde propósitos que eleitoralmente não devem ser citados. Mas pode ser que ela esteja agindo assim por outros motivos e eu não tenho como saber, não consigo aprender essa capacidade do jornalismo político brasileiro de adivinhar intenções”, afirmou.

Apesar disso, Janio acredita que Kamala não deve seguir a política externa adotada por Joe Biden, de quem atualmente é vice. “Duvido muito que ela dê continuidade a isso. Nem tanto por atribuir a virtudes dela, mas atribuir a inteligência dela, a honestidade dela, honestidade que o governo Biden absolutamente não tem”, disse. 

Sobre o governo Biden, Janio ainda destacou que, ao mesmo tempo em que pedia a moderação do Estado de Israel, os EUA “mandaram mais bombas para o governo israelense”. “Não eram bombas para objetivos precisos, eram bombas para efeito amplo. E com isso, essa política se tornou não só cúmplice, mas participante direta do extermínio da Palestina. Não creio que a Kamala Harris, sendo eleita, vai manter isso, não me parece provável”, concluiu.

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