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Atraso nas nomeações para cargos no governo gera princípio de crise entre Jerônimo e a cúpula do Avante
Presidente estadual do partido, o ex-deputado federal Ronaldo Carletto se queixa internamente da demora do governador em acomodar aliado no comando da Seagri, afirmam lideranças da legenda
Foto: Reprodução/Facebook
É grande o nível de insatisfação da cúpula do Avante na Bahia com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em conversas reservadas, líderes do partido afirmam que o mal-estar tem como pano de fundo a demora do petista em acomodar indicados de cardeais da sigla em cargos do primeiro e segundo escalões do governo. Entre os aliados de primeira hora, o ex-deputado federal Ronaldo Carletto não esconde críticas a Jerônimo pelo atraso de nomeações que teriam sido prometidas ao Avante. A queixa principal diz respeito à troca de comando na Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri).
Nova ordem
Embora seja chefiada por um integrante da Executiva Estadual do partido, o ex-deputado Wallison Torres, mais conhecido como Tum, caciques da legenda afirmam que a direção da Seagri hoje não possui o DNA do atual núcleo-duro do Avante. Ou seja, o da tropa liderada por Ronaldo Carletto. No lugar de Tum, Carletto negocia com a articulação política do Palácio de Ondina a ida do também ex-deputado Pablo Barrozo, secretário-geral da sigla. Amigo antigo do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), Barrozo deixou o PSDB, rompeu rompeu politicamente com o bloco de oposição ao PT e migrou para o Avante. Coube a ele parte da montagem do tabuleiro do partido nas eleições municipais do ano passado.
Hoje, só amanhã
"Mesmo tendo se tornado o segundo partido com o maior número de prefeitos eleitos na Bahia em 2024, com o total de 60, e apesar da relação bastante sólida de Ronaldo Carletto com Rui Costa (ministro da Casa Civil e principal fiador do movimento para fortalecer a legenda no estado), o Avante não conseguiu fechar a cota garantida a ele no governo. Era para sair a nomeação na Seagri em janeiro. Aí, Jerônimo disse que iria esperar passar a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa. A disputa passou, e nada. Agora, o governador indicou que só deve realizar mudanças na equipe depois do Carnaval. Carletto, claro, ficou irritado", confidenciou um dirigente do partido.
Entrou água!
Segundo apurou a Metropolítica, Jerônimo Rodrigues havia prometido também a presidência da Embasa para o Avante, em costura tabelada com Rui Costa. "Pelo que soubemos, o governador chegou a formalizar a proposta para Carletto, mas exigiu que o indicado fosse um funcionário de carreira. Carletto disse que não fazia sentido porque o acordo era por critério político", disse um aliado muito próximo ao presidente do partido. De fato, quem assumiu o comando da Embasa foi um técnico graduado dos quadros da Embasa, Gildeone Almeida, que estava de forma interina no cargo. Entretanto, lideranças da base governista garantem que a nomeação dele passou pelo aval do senador Jaques Wagner (PT).
Enigma da Esfinge
Empresários do mercado imobiliário estranharam o sigilo adotado pelo Palácio Thomé de Souza sobre o vencedor do leilão de um terreno de encosta com aproximadamente três mil metros quadrados localizado na orla da Barra, em frente ao Clube Espanhol. A área, que faz parte do novo pacote de 30 imóveis colocados à venda pela prefeitura da capital, foi arrematada por R$ 16 milhões, mais de três vezes o valor do lance inicial, fixado em R$ 4,95 milhões. Até o momento, contudo, o nome de quem adquiriu o terreno não foi divulgado pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), responsável pelos leilões. Em resposta ao Metro1, a assessoria de comunicação da Sefaz disse somente que o nome será divulgado no Diário Oficial do Município dentro do prazo previsto em lei.
Linha de zaga
Indagado pela imprensa a respeito dos leilões durante o anúncio da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) como nova secretária de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), o prefeito Bruno Reis (União Brasil) também não quis revelar a identidade do comprador. Em contrapartida, adiantou que a área vai abrigar um empreendimento imobiliário, mas que ainda não sabe se será comercial, residencial ou misto. Na coletiva, Bruno demonstrou incômodo com as críticas sobre o novo pacote de leilões, revelado pela coluna na sexta-feira passada (14). Disse que o terreno não prestava para nada, embora seja considerada área verde pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), e que ele pode render somente este ano cerca de R$ 50 milhões aos cofres da prefeitura, somando o montante obtido com a venda e o pagamento de tributos como IPTU e ITIV decorrentes da construção de outro espigão na orla.
Tem, mas acabou
Após a Metropolítica noticiar o salto no cachê de Carnaval pago aos pagodeiros da Guig Ghetto de 2024 para 2025 ,a Saltur tornou o contrato com a banda sem efeito. A decisão foi publicada no Diário Oficial terça-feira passada (18) sem referência aos motivos que levaram ao cancelamento do negócio. Por seis apresentações da folia de Salvador, a Guig Ghetto receberia R$ 765 mil, o maior valor global entre todos os artistas já contratados formalmente pela prefeitura para tocar na folia este ano. Em média, R$ 127,5 mil por cada apresentação. Ano passado, a banda recebeu R$ 460 mil por cinco shows, média de R$ 92 mil. O aumento de quase 40% no cachê coincide com o período em que o grupo entrou para o cast da Penta Eventos, produtora bastante ligada a ACM Neto.
Em ponto de bala
Circulam nos corredores da Justiça federal rumores de que a PF tem engatilhada uma nova etapa da Operação Overclean, deflagrada em 16 de dezembro para desarticular um esquema de desvio de emendas parlamentares por meio de repasses do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) destinados a prefeituras da Bahia e de pelo menos mais quatro estados: Goiás, Tocantins, Amapá e Rio de Janeiro. Fontes com livre acesso às investigações acham que o bote sobre alvos da Overclean pode ser dado antes do Carnaval.
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