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Em meio à tensão de vereadores aliados, Bruno Reis intensifica costuras na reta final da janela partidária

Metropolítica

Por Jairo Costa Júnior

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Em meio à tensão de vereadores aliados, Bruno Reis intensifica costuras na reta final da janela partidária

Parte dos integrantes da base da prefeitura na Câmara ainda não sabe por qual legenda serão candidatos

Em meio à tensão de vereadores aliados, Bruno Reis intensifica costuras na reta final da janela partidária

Foto: Metropress

Por: Jairo Costa Jr. no dia 03 de abril de 2024 às 06:00

Atualizado: no dia 03 de abril de 2024 às 09:03

Pressionado por vereadores da base do Palácio Thomé de Souza que ainda não sabem em qual sigla vão concorrer a um novo mandato na Câmara de Salvador, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) vai acelerar a partir desta quarta-feira (03) o desenho que definirá quem entra, migra ou fica nas atuais legendas do arco governista no Legislativo municipal. As costuras, que iniciaram de modo mais intenso nos últimos dois dias, ocorrem às vésperas do fechamento da janela de trocas partidárias e em meio ao clima de extrema ansiedade entre aqueles que ainda não tiveram a vida resolvida a pouco dias para o fim do prazo fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sou seja, sexta-feira que vem (05).

Sem destino
Fazem parte do grupo de vereadores com rumo indefinido nomes como Alexandre Aleluia e Isnard Araújo (PL), Sidninho (Podemos), Marcelo Maia (PMN), Roberta Caires e Leandro Guerrilha, ambos do PP. Aleluia manifestou desejo de deixar o PL, mas não conseguiu encontrar partido interessado em abrigar um político do bolsonarismo puro-sangue e agora depende da boa vontade do prefeito para encaixá-lo em uma legenda adequada aos seus planos de reeleição. A princípio, a preferência é o PP, mas as tratativas esbarram na resistência interna. Salvo em caso de reviravolta, a tendência é que tanto ele quanto Isnard permaneçam no PL, segundo caciques da base da prefeitura ouvidos pela Metropolítica. 

Nós de marinheiro
As situações de Sidninho, Marcelo Maia, Roberta Caires e Leandro Guerrilha são mais complexas. Em conversas recentes com os pares na Câmara, os dois últimos confirmaram a intenção de deixar o PP, manifestaram clara preocupação com o futuro partidário e admitiram que a sobrevivência deles na sucessão deste ano está nas mãos de Bruno Reis. Roberta tenta ingresso no União Brasil, porém, será preciso convencer algum vereador com mandato da sigla a abrir lugar para ela. Guerrilha conta com o prefeito para entrar no PDT, embora não existam sinais de acordo com a cúpula da legenda. Sidninho buscou espaço no PSDB, mas encarou a recusa do vereador tucano Téo Senna em ceder a vaga para ele. Já Maia navega totalmente à deriva.

Biruta de aeroporto
Há incógnitas também no próprio partido prefeito, por causa da probabilidade de que dois vereadores do União Brasil migrem de legenda: Claudio Tinoco e Kiki Bispo. No caso, o caminho de um deles pode ser o PDT. Por outro lado, existem acertos praticamente consolidados, como a ida de Toinho Carolino (sem partido), Sabá (PP) e Ricardo Almeida para o Democracia Cristã (DC). Entretanto, como bem disse um líder experiente da bancada da prefeitura, até o fechamento da janela muita água vai rolar abaixo do parapeito.

Fato ou acaso
No mesmo dia em que o Metro1 revelou detalhes sobre o contrato sem licitação de R$ 4,3 milhões firmado pela chefe da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal de Salvador (Secis), a vereadora licenciada Marcelle Moraes (União Brasil), com a ONG de uma das principais aliadas, o irmão dela, o ex-deputado Marcell Moraes, foi visto em intensa atividade nos corredores da Câmara Municipal. Como se sabe, ele trabalha com afinco para derrubar Marcelle e eleger em seu lugar a ex-esposa, conhecida nos movimentos de defesa dos animais como Carol dos Gatos. 

Questão de timing
Para Marcell, veio em boa hora o embaraço criado pelo negócio milionário com a Associação Doce Lar, contratada pela Secis para prestar serviços de resgate e socorro a cães e gatos em situação de rua. Em resposta ao Metro1 na tarde de terça-feira (02), Marcelle Moraes disse, por meio de sua assessoria, que a ONG foi a única a atender ao chamamento público para entidades sem fins lucrativos capazes de absorver o serviço de acolhimento a animais de pequeno porte abandonados na capital.

Voo de prejuízos
A invasão de pombos e morcegos parece ter se tornado ameaça não só à segurança sanitária das unidades da rede municipal de ensino em Salvador, mas ao bolso do contribuinte também. Para dimensionar o custo do problema, a Secretaria de Educação do Município (Smed) vai pagar nada menos que R$ 7,62 milhões para que, em 12 meses, uma empresa especializada em erradicação de pragas urbanas, a Larclean Saúde Ambiental, consiga desalojar os bichos e controlar a infestação nas dependências das escolas mantidas pela prefeitura, com fechamento de acessos e manutenção de instalações afetadas.     

Por tabela
A crise que atinge diariamente usuários do sistema ferry-boat respingou sobre o senador Angelo Coronel (PSD). Diante da enxurrada de queixas de passageiros contra os serviços prestados pela Internacional Travessias, empresa que detém a concessão da linha náutica entre Salvador e a Ilha de Itaparica, ressurgiu em setores da oposição ao Palácio de Ondina a lembrança de que a Agerba, agência do estado que deveria fiscalizar a concessionária e cuidar pela qualidade do transporte marítimo na Baía de Todos os Santos, é comandada desde 2019 pelo irmão do senador, Carlos Henrique Martins.

Boca de espera
É grande a expectativa em torno dos resultados da primeira pesquisa AtlasIntel sobre a sucessão em Camaçari, encomendada pelo Jornal A Tarde e prevista para ser divulgada a qualquer momento. Em especial, porque os entrevistadores começaram a coletar dados antes do anúncio da Justiça Eleitoral de que o município rompeu a marca de 200 mil eleitores e entrou no clube das raras cidades do interior baiano com segundo turno na disputa para prefeito, ao lado de Feira de Santana e Vitória da Conquista.