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Família de Duda Mendonça questiona decisão do TJ-BA que cobra dívida sem ouvir a defesa

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Família de Duda Mendonça questiona decisão do TJ-BA que cobra dívida sem ouvir a defesa

A família do publicitário aponta uma série de inconsistências na condução do caso. A começar pela escolha do magistrado George James Costa Vieira para ser o juiz do processo

Família de Duda Mendonça questiona decisão do TJ-BA que cobra dívida sem ouvir a defesa

Foto: Bernando Helio/Câmara dos Deputados

Por: Metro1 no dia 04 de fevereiro de 2022 às 12:44

A família de Duda Mendonça contesta a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) dando ganho de causa para que a construtora DAG tenha direito a parte do espólio do publicitário. Duda Mendonça morreu em agosto de 2021, aos 77 anos. O valor pedido pela construtora é de R$ 30 milhões. O processo ainda cabe recurso. 

A família do publicitário aponta uma série de inconsistências na condução do caso. A começar pela escolha do magistrado George James Costa Vieira para ser o juiz do processo. Por sorteio, ele não deveria ser o responsável, mas acabou sendo escolhido, ao avocar o caso por conta própria. O processo corre na 4ª Vara Cível de Salvador. 

A família também questiona que a sentença foi dada sem ouvir a defesa, impedindo que os advogados comprovassem os fatos. Entre as provas apresentadas, estão as delações feitas no âmbito da Operação Lava Jato, quando, por delação premiada, foi citada a íntima relação da Odebrecht com a DAG, de propriedade do empresário Dermeval Gusmão.Emílio Odebrecht, ex-presidente da construtora e atual diretor do conselho de administração, chegou a citar que a DAG participava de simulações na construção de obras para ajudar a dar lisura dos editais públicos. 

A família de Duda Mendonça diz que a Odebrecht devia dinheiro ao publicitário, por financiar a campanha do PT, ao qual ele prestou serviço de marketing político em campanhas eleitorais. Um dos acertos para quitar a dívida seria que a Odebrecht pagasse um imóvel para Duda Mendonça no litoral sul da Bahia. 

Pela relação próxima, a Odebrecht pediu que a DAG realizasse a compra. Em 2018, no entanto, Gusmão passou a cobrar ao publicitário o valor do imóvel, ajuizando a ação no Tribunal de Justiça da Bahia. Outra queixa da família é que o juiz George James Costa Vieira  aceitou que Gusmão não pagasse as custas do processo, alegando não ter condições financeiras para tanto. 

O Metro1 procurou a empresa Dag para falar sobre o assunto, mas ainda não obteve respostas. O Tribunal de Justiça da Bahia não respondeu os questionamentos feitos.