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Com mais de 100 mil votos, Prêmio PEBA mobiliza consumidores e elege a pior empresa da Bahia
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Com mais de 100 mil votos, Prêmio PEBA mobiliza consumidores e elege a pior empresa da Bahia
Votação foi encerrada na última segunda-feira (6)
Foto: Metropress/Carla Astolfo
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 9 de janeiro de 2025
PEBA. O baiano já sabe, é algo sem valor, ordinário, fuleiro. Ou, no melhor do linguajar soteropolitano, um armengue, um belo de um cacete armado. Mas na Metropole, pelo menos nos últimos cem dias, a expressão foi além. Virou sinônimo daquele serviço não é nem bom nem barato, mas é especialista em dar dor de cabeça ao consumidor. Não cumpre o que se compromete e ainda causa prejuízo. Haja esforço para isso, mas algumas empresas conseguem e com maestria.
Para reconhecer esse trabalho, a Metropole lançou, em setembro, o Prêmio PEBA, para as Piores Empresas da Bahia. Quem pegou o trocadilho pode agradecer a Abraão Brito, a sacada do nome é dele. O público engajou, foram mais de 100 mil votos, 10 mil só nas últimas 24 horas. A votação terminou na última segunda-feira (6) com uma disputa acirrada.
Entre as concorrentes estavam a Neoenergia Coelba, a Internacional Travessias, gestora do ferry boat, a Embasa, e a ViaBahia, concessionária das BRS 324 e 116, e outras empresas no grupo das citadas pelos ouvintes - entre essas, o destaque foi a Integra, o consórcio de ônibus de Salvador. Mas três empresas mexeram de um jeito diferente com o coração do público. Despertaram indignação, revolta, ranço e acima de tudo vontade de votar. Elas são: Acelen, gestora da refinaria Mataripe, o plano de saúde HapVida, e o Planserv, assistência de saúde dos servidores estaduais.
A melhor em ser pior
E finalmente, sem mais mistérios: a Acelen é a grande vencedora do Prêmio PEBA 2024. Administradora das operações da Refinaria Mataripe, a empresa levou 23.826 votos (22,38%).
A bronca dos consumidores com a empresa, que assumiu a refinaria em 2021 prometendo inovação e investimento, é com relação aos preços da gasolina e do gás de cozinha no estado. Isso porque a companhia estabelece os valores de acordo com o mercado internacional, acompanhando o movimento global do barril de petróleo e as constantes oscilações no preço do produto, enquanto a Petrobras tem mecanismos próprios para definir o quanto cobra por litro de diesel e gasolina distribuído pela estatal.
O gás de cozinha, por exemplo, teve aumento de R$4 (9,47%) no início de dezembro, sendo que no mês anterior já havia sofrido um reajuste de 10,5%. Já a gasolina, também teve aumento nos últimos meses: 1% em novembro e depois 0,48% em dezembro. Pesou no bolso do consumidor e agora o troféu PEBA vai pesar na estante da Acelen.
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