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Um ano de absurdos: Jornal Metropole inicia temporada de retrospectivas com episódios que tiraram gargalhadas dos baianos
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Um ano de absurdos: Jornal Metropole inicia temporada de retrospectivas com episódios que tiraram gargalhadas dos baianos
Com derrubada de mistério, cerveja no estúdio e entrevistado fujão, o Jornal Metropole abre a série de retrospectivas com as bizarrices e gafes do ano na radinha, na Bahia e no Brasil
Foto: Metropress
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 5 de dezembro de 2024
Na era dos extremos de todos os tipos, dos climáticos aos políticos, de grandes catástrofes e manifestações escancaradas de ódio, rir pode servir de alívio na loucura. E, convenhamos, 2024 deu uma porção de motivos para dar aquela gargalhada gostosa à moda baiana, ou seja, sem ligar para o volume nem com quem eventualmente se incomode. Aliás, dedicar tempo em fazer os ouvintes rirem enquanto encaram os congestionamentos de toda hora é um dos propósitos dos veículos do Grupo Metropole desde a sua fundação a partir da espinha dorsal da antiga Rádio Cidade. Para celebrar o direito ao riso frouxo e sem vergonha, à boa pilhéria e, por que não, à reflexão também, o Jornal da Metrópole traz uma breve retrospectiva de gafes, bizarrices, derrapadas e absurdos que deram graça a um ano de guerras e de avanço do extremismo. E esse passeio a gente começa por dentro de casa, mostrando os fatos curiosos da Radinha.
O mais pebas
Uma das tradições da Rádio Metropole ao longo das mais de três décadas são os concursos, digamos, espirituosos, embora o certo mesmo fosse chamá-los de sacanas. É o caso do mais novo filhote desse criatório, o Prêmio Piores Empresas da Bahia, carinhosamente apelidado de Prêmio PEBA. A causa é nobre, afinal, os concorrentes indicados pelos próprios ouvintes são conhecidos pela má-qualidade dos serviços prestados. Saca só a lista: Internacional Travessias (leia-se ferry-boat), ViaBahia, Acelen (Refinaria Mataripe), Neoenergia Coelba, Embasa, HapVida, Planserv, entre outros. Com mais de 75 mil votos computados até o fechamento desta edição e na reta final da escolha, a briga continua duríssima. De fato, é difícil saber quem é mais peba nessa lista.
Se correr, o bicho pega
A vida de quem faz reportagem ao vivo não é moleza. Que o diga a nossa intrépida Julia Lordelo, integrante da equipe do Repórter Metropole. Em 31 de outubro, em pleno Halloween, Júlia foi à Avenida Sete de Setembro a pedido do Jornal da Cidade para ouvir o povão sobre o que realmente deixa os baianos assombrados, na bruxa. Um dos entrevistados, com a participação na entrada ao vivo, já ajustada antes com a repórter, dispara subitamente como se tivesse visto um fantasma de verdade. Com seu habitual bom-humor, Júlia, óbvio, faz piada de si mesmo, em bom baianês: “Rapaz..aí, ó! O cara se assombrou foi comigo, pegou a fuga, se picou!”.
Maluquices na radinha
Nesse 2024, teve de tudo na Radinha. Teve teste de cerveja de segunda classe - vencida pela Lokal, acreditem! Teve também a saga da apresentadora Cristiele França, que teve um ano pesado. Além de aprender a andar de bicicleta, algo que ela conseguiu após pagar alguns micos e a gozação virar hit nas redes, ela precisou ensinar seu nome ao vereador Anderson Ninho, que, durante a Sabatina do JC, trocou o nome da apresentadora uma série de vezes.
Teve ainda o rolé das apresentadoras Nardele Gomes e Kamille Martinho pelos Jogos de Paris. Depois de muito serem confundidas com balcão de informação nas ruas parisienses por conta da farda da Metropole, as duas foram recompensadas e após receberem da produção um troco de cem euros para provar uma rodada de drinks na capital francesa, encerraram os trabalhos do dia com uma participação na qual estavam um tantinho animadas, porém, dignas. Ah, e no dia 4 de setembro, nossa brava comentarista, Malu Fontes, no alto de seus títulos acadêmicos e sob o olhar espantado de Chico Kertész, literalmente tirou as tamancas para executar uma barata voadora que deu o ar da graça em pleno estúdio.
Dando as caras
Não faltou gafe na programação da Metropole, mas talvez o maior marco tenha sido finalmente conhecer rostinho conservado em “líquido”, como diria o próprio, de Abraão Brito. Em um tranquilo Jornal da Bahia no Ar, Mário Kertész, como quem não quer nada, faz alguns testes de transmissão pelo seu celular. E, em coisa de segundos, não deu outra, invadiu a sala de Abraão, com a câmera ligada, o sonho de milhares de ouvintes na cabeça e quem viu, viu. Os dois conversaram, relembraram a história da Metropole e depois deram continuidade ao mistério sobre o rosto de Abraão, como se nada tivesse acontecido.
Bola fora
Mas não é só por aqui que rola gafes. Uma das mais recentes do lado de fora ocorreu no último dia 19, quando a apresentadora Ana Maria Braga, da Globo, comentava a recepção do presidente Lula ao colega americano Joe Biden no Rio de Janeiro, durante a cúpula do G20. Em vez de chamar o gringo pelo nome certo, resolveu destacar o aperto de mão afetuoso de Lula “com o Bin Laden, dos Estados Unidos”. Ainda na rota internacional, a primeira-dama Janja Silva também cometeu um deslize daqueles e causou um mal-estar ao usar a expressão “fuck you” ao se referir ao bilionário Elon Musk, dono da plataforma X.
Gozação à Tropicália
No auge da polêmica envolvendo a venda de áreas verdes pela prefeitura de Salvador, o vereador Duda Sanches (União Brasil), virou meme após usar trechos de canções de Gilberto Gil na tentativa de ironizar as críticas do cantor e ao leilão de um terreno na encosta da Vitória. Olha só a pérola: “Mas ‘andar com fé eu vou’ de que ‘se eu puder falar com Deus’ eu pediria que ele colocasse a mão na consciência dessas pessoas que estão subjugando essa Casa por simplesmente fazer nosso trabalho”. Vale lembrar ainda do recente piti da produtora Paula Lavigne, que pelas redes sociais exigiu que o público chegasse no horário à Fonte Nova para não atrasar o show de Caetano Veloso e Maria Bethânia. Pegou tão mal que ela, obviamente, virou meme. Por fim, tem algo que parece piada, mas não é. No caso, a divulgação dos supersalários do Tribunal de Justiça da Bahia (você pode conferir na página seguinte). Só que nesse episódio específico, quem virou o palhaço da história foi o contribuinte.
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