Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Domingo, 11 de agosto de 2024

Home

/

Notícias

/

Jornal da Metropole

/

Disputa por votos e ouvidos: jingles políticos estão em contagem regressiva para circular na cidade

Jornal Metropole

Disputa por votos e ouvidos: jingles políticos estão em contagem regressiva para circular na cidade

Jornal Metropole relembra jingles que ficaram para a história em eleições no estado

Disputa por votos e ouvidos: jingles políticos estão em contagem regressiva para circular na cidade

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Por: Laisa Gama no dia 08 de agosto de 2024 às 00:32

Preparem os ouvidos, estamos a poucos dias da campanha eleitoral e, até 6 de outubro, muita musiquinha de candidato deve surgir por aí. São os famosos jingles, alguns irritantes e de mau gosto e outros que grudam na cabeça e ficam para a história.

O eleitor dos anos 1980 deve lembrar com certo saudosismo do refrão “vale a pena ser feliz, vale a pena acreditar, deixe, deixe, vou deixar, deixe o coração mandar”. A letra era da campanha de Mário Kertész em 1985. Ela incendiou Salvador e o ajudou a ser eleito sem sequer citar o nome do candidato. Até hoje a música é marca registrada no repertório dos soteropolitanos.

Anos depois, em 1990, bastava ouvir “eu nunca vi você tão só” e o eleitor já emendava com “oh meu amor, oh meu xodó, minha Bahia”. Era o jingle que embalou a vitória de Antonio Carlos Magalhães para o governo. O refrão depois chegou a ser usado por ACM Neto, mas o sucesso não não chegou nem perto e não se comparou também ao frenesi causado quando, na batida do reggae, alguém grita “eu quero Hilton 50 na capital da resistência”. A letra de Edson Gomes acompanhou Hilton Coelho na disputa pela prefeitura em 2008.

Com o tempo, os jingles ganharam novos contornos e se adaptaram aos ritmos e às plataformas. Produtor musical e compositor de jingles até do presidente Lula, Juliano Maderada conta que, se antes eles tinham um estilo institucional, hoje buscam se aproximar das ruas. “Uma letrinha chiclete consegue envolver pessoas que não tinham interesse na política”, diz. Mas não é só grudar na cabeça, o também produtor Rafa Xavier destaca que hoje é importante trazer uma ideia das propostas do candidato, nome e número.

Em 2022, o “Samba do Jero” protagonizou o pleito com esse estilo das ruas. A trilha de Jerônimo Rodrigues e Geraldo Jr. virou hit tocado em festas, com direito a coreografia e tudo. No 2º turno, o adversário ACM Neto conseguiu levar o cantor Oh Polêmico para seu lado, mas não adiantou, a versão que grudou foi a do petista.