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Com piscinas e quadras tomadas por vegetação, antigo Baneb vira alvo de reclamação de moradores

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Com piscinas e quadras tomadas por vegetação, antigo Baneb vira alvo de reclamação de moradores

Moradores e antigos associados denunciam que local se tornou abrigo para animais e rota de fuga de criminosos

Com piscinas e quadras tomadas por vegetação, antigo Baneb vira alvo de reclamação de moradores

Foto: Leitor Metro1

Por: Labelle Fernanda no dia 25 de julho de 2024 às 00:30

Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 25 de julho de 2024

Era um verdadeiro inferno para quem não gostava de farofada e criança correndo, gritando e jogando água pra cima. Mas um paraíso para pais e a pirralhada que vivia presa a semana toda em um apartamento. O antigo Clube do Baneb (Banco do Estado da Bahia), no bairro do Costa Azul, fez parte da infância de muitas gerações em Salvador, mas agora está de portas fechadas e piscinas vazias há 12 anos. E quem dera fosse só isso.

É tanta vegetação crescendo no local que já não é possível mais nem visualizar onde ficavam as piscinas, quadras, quiosques e parquinhos nos 25 mil m² de área. Agora, é só mato para todo lado. Os muros e paredes que cercam o local também já mostram falhas e rachaduras.

O cenário, que nem de longe lembra mais os dias de verão regados a gritaria de criança e de brigões jogando bola, virou, era de se presumir, um local de abrigo de animais e rota de fuga para criminosos. É o que denunciam moradores da região e antigos sócios, que hoje não têm nem o espaço nem a estrutura de barracas na orla para um dia de calor.

O clube funcionou ali por 46 anos, hoje seria um senhor de meia idade. Ele foi vendido em 2012, 13 anos após a junção do Bradesco e Baneb. Na época, os quase 2 mil associados contestaram a transação, alegando que o espaço era uma iniciativa sem fins lucrativos e interesses econômicos. Nadaram, nadaram e permaneceram na bordinha da piscina, porque o local foi vendido ainda assim, por R$39 milhões para Universidade de Salvador (Unifacs).

Anos depois, o clube foi adquirido pela MRV, atual proprietária. Mas a situação pouco mudou. Ao Jornal Metropole, a construtora informou que não fez nenhuma alteração ou intervenção na estrutura, mas garantiu que realiza “melhorias no cercamento da área, com manutenção periódica, além de segurança patrimonial 24h”. Ainda segundo a MRV, há uma manutenção programada para setembro deste ano.