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Doutores da farsa: em entrevistas fakes, atores usam nomes e credibilidade de médicos para divulgar medicamentos “milagrosos”
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Vandalismo de praças deixa prejuízo cultural e despesa de R$ 450 mil em Salvador
Barra, Itapuã, Nazaré e Comércio foram os bairros com mais registros de vandalismo neste ano
Foto: Metropress/Filipe Luiz
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 25 de julho de 2024
Há alguns meses, um aposentado chamado Pedro se tornou uma sensação para a equipe e os ouvintes da Metropole ao defender, sério e indignado, a presença de equipes policiais na Praça de Pernambués para fazer a segurança de seu jogo de dominó. Tempos depois, casos atrás de casos mostram que ele nunca esteve errado: as praças de Salvador realmente estão sob ameaça, não pela fúria de um derrotado no jogo, mas pelo vandalismo da própria população - que parece achar mais divertido depredar espaços públicos do que usufruir deles em uma simples partida de dominó.
É quebra de materiais, pichações e roubo de peças. Nem o Caboclo está livrando. Nesta semana, a vez da Praça do Campo Grande, que em abril já tinha registrado o furto de cabos, teve agora uma subestação subterrânea violada. Só neste ano, a prefeitura já desembolsou R$ 500 mil para restabelecer a iluminação da praça. Nos últimos anos, já sobrou para Jorge Amado (seja lá em qual endereço ele estiver, Imbuí ou Rio Vermelho), para Castro Alves na Rua Chile e até Zumbi dos Palmares, que já chegou a perder a lança. Ninguém passa batido.
No ano passado, R$ 450 mil foram destinados só para a recuperação de praças depredadas, segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal). Ao todo, foram 800 recuperadas entre 2020 e 2023. “O que você vê é perversidade, mau uso. A gente podia estar aplicando esse recurso em lugares carentes da cidade”, disse o presidente da pasta, Virgílio Teixeira Daltro. De acordo com ele, academias ao ar livre são o que chama mais atenção. Por mês, é retirado o equivalente a três delas por vandalismo e desgaste. É prejuízo financeiro, mas também cultural e funcional.
A Desal tem usado concreto em alguns equipamentos, e a Guarda Municipal - que já identificou 16 ocorrências de vandalismo, depredação e pichação neste ano - vem intensificando o videomonitoramento. Mesmo assim, é capaz até de você ir lamentar no Pé do Caboclo e nem ele estar mais lá.
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