Jornal Metropole
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#MetaAColher: Metropole lança campanha de combate ao feminicídio
Bahia registrou três casos de feminicídio apenas no último final de semana; total de vítimas neste ano já chega a 35
Foto: Reprodução
Reportagem originalmente publicada no Jornal da Metropole em 02 de junho de 2022
O último final de semana foi violento para mulheres na Bahia. De sexta-feira até domingo, ao menos três mulheres foram vítimas de feminicídio no estado. Uma delas foi Ariana Marques da Silva, 27 anos, assassinada a facadas dentro de casa, porque o marido suspeitava de uma traição.
O último mês foi violento para mulheres na Bahia. Beatriz de Sena Fonseca, 23, foi encontrada morta em casa na cidade de Cruz das Almas — o suspeito, seu ex-namorado, a estuprou e feriu com vários golpes de faca por não aceitar o fim da relação.
O último ano também foi violento para mulheres na Bahia. Um levantamento da Rede de Observatórios da Segurança mostrou que um caso de violência contra mulheres foi registrado a cada dois dias no estado. Destes, 66 foram de feminicídio. A jovem Kezia Stefany, 21, foi assassinada pelo seu então companheiro, o advogado José Luiz de Brito, após uma briga em Salvador. Já Ana Gabriela Santos Ribeiro, 27, teve o corpo esquartejado e descartado dentro de um saco devido a uma traição.
A vida tem sido violenta para mulheres. Em média, a cada 7 horas, uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil, segundo a pesquisa mais recente do Fórum de Segurança Pública. Na Bahia, além dos três casos do final de semana, outras 32 mulheres foram vítimas de feminicídio de 1º de janeiro a 26 maio deste ano. É como se a cada quatro dias uma mulher perdesse a vida para o machismo.
Até quando? Movimentos feministas e organizações para mulheres pedem que a sociedade se engaje na luta contra o feminicídio. O Grupo Metropole, a partir desta semana, se junta a essas campanhas.
“É importante ressaltar que feminicídios podem, sim, ser evitados. Nós podemos incidir na situação de violência anteriormente. Uma das formas é abordando o que é a violência? Quais são as formas de violência? Estimulando as mulheres a buscarem ajuda e que essa ajuda é também fazer a denúncia, mas não só isso. Temos outros equipamentos que podem dar suporte”, disse a diretora da ONG ‘Tamo Juntas’, Leticia Ferreira, em entrevista na Rádio Metropole.
A ativista reforça a importância da intervenção da população em casos de violência contra a mulher. “A violência pode ser denunciada, não depende só da mulher denunciar, seja no 180, ou, no caso de flagrante, pelo 190”. A Metropole lançará em breve uma série de reportagens sobre feminicídio, produzidas pela jornalista Nardele Gomes.
Canais abertos para denúncias
No portal Metro1 e aqui no Jornal da Metropole matérias vão cobrar respostas para os casos de violência contra a mulher. Além disso, o Grupo Metropole vai receber denúncias pelo número (71) 3505-5000, tanto por ligação como por Whatsapp. Por fim, nas redes sociais (@grupo.metropole no Instagram e @metropole no Twitter), criamos o movimento #MetaAColher. Os próximos anos não podem ser violentos para mulheres na Bahia e no Brasil.
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