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MK homenageia jornalista Sebastião Nery: "Um homem excepcional, em todos os aspectos"

Editorial

MK homenageia jornalista Sebastião Nery: "Um homem excepcional, em todos os aspectos"

O jornalista Sebastião Nery morreu, aos 92 anos, na madrugada desta segunda-feira (23), no Rio de Janeiro

MK homenageia jornalista Sebastião Nery: "Um homem excepcional, em todos os aspectos"

Foto: Arquivo

Por: Metro1 no dia 23 de setembro de 2024 às 12:58

Atualizado: no dia 23 de setembro de 2024 às 13:46

O jornalista, escritor e político Sebastião Nery morreu nesta segunda-feira (22), aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Nery teve uma célebre carreira e foi crucial para o processo de redemocratização do país durante a ditadura militar, além das discussões sobre direitos humanos. No Jornal da Bahia no Ar, Mário Kertész prestou homenagens e relembrou a trajetória do amigo e jornalista.

"Um homem excepcional sobre todos os aspectos. Eu agradeço à vida muito por ter sido amigo de Sebastião Nery. Você é uma figura inesquecível, meu amigo. E seus livros estão aí, sua vida está aí. Eu nunca vou esquecer de você e só vou agradecer a você, Nery. Um beijo pra você, meu amigo, um beijo saudoso, triste, mas alegre. É um privilégio de ter convivido bastante com você e ter sido seu amigo e ser beneficiado com tantos ensinamentos e com sua amizade e seu carinho", disse MK emocionado.

Na política, Nery teve um papel importante eleito deputado estadual da Bahia no período de 1963 a 1967. O político também chegou a ser preso na Ditadura Militar e recolhido a um quartel do Exército. Antes disso, ele tinha sido eleito vereador de Belo Horizonte para um mandato entre 1955 e 1959, mas não assumiu o cargo. “Eleito e diplomado, ele não chegou a assumir a carreira porque a candidatura foi impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral sob a alegação que as campanhas tinham sido feitas em nome do Partido Comunista do Brasil. Veja só”, criticou MK.

Nery também foi comentarista da Rádio Metropole por longos anos, contribuindo com seu olhar crítico e com suas brincadeiras. A radinha tinha um espaço especial em seu coração. O amigo Mário Kertész lembrou que Nery costumava chamar a Metropole de “diabólica”. “Uma coisa terrível, diabólica, eu chego em Salvador, entro no táxi e começo a falar. Todo mundo pergunta ‘Você trabalha na Rádio Metropole?’ Uma rádio diabólica”, relembrou MK as palavras do jornalista. 

Nery também teve um papel fundamental para a literatura brasileira. Ele é autor do livro “A Nuvem - 50 anos de história do Brasil”, que reúne fatos vivenciados pelo autor em mais de cinco décadas de trabalho na atuação. “Ninguém me contou, eu vi” é  outra de suas obras, que faz um panorama político brasileiro desde o presidente Getúlio Vargas a Dilma Rousseff e mostra como o jornalista fez parte de importantes acontecimentos do país. 

Confira o editorial: