Brasil
Justiça torna motorista do Porsche amarelo réu por homicidio qualificado após atropelar e matar motociclista
A Justiça alega que o motorista do Porsche “utilizou o seu veículo como verdadeira arma” contra Pedro e sua moto
Foto: Reprodução/Redes Sociais/Tv Globo
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) nesta terça-feira (6) e tornou réu por homicídio o motorista do Porsche amarelo acusado de perseguir, atropelar e matar um motociclista na última semana, após este quebrar o retrovisor do carro de luxo na Zona Sul de São Paulo.
Posteriormente, a juíza Isabel Begalli Rodriguez, da 3ª Vara do Júri, deve marcar uma audiência de instrução do caso para decidir se o levará a júri popular para ser julgado pelo crime. O MP acusou o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, por homicídio doloso triplamente qualificado por motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Conforme a acusação, ele teve a intenção de matar o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos. “Igor deliberou matar Pedro somente porque se irritou com o fato dele ter danificado o seu carro”, alega um trecho da denúncia feita pela promotora Renata Cristina de Oliveira Mayer.
O caso aconteceu no último dia 29 de julho na Avenida Interlagos. Desde então, Igor está preso. Na última semana a Justiça converteu a prisão em flagrante dele em preventiva, sem prazo para saída. O empresário está detido em um presídio em Guarulhos, na região metropolitana.
A decisão de manter Igor preso ocorreu após a análise das imagens das câmeras de segurança da via divulgadas pela imprensa. As gravações mostram o momento em que Igor acelera seu carro de luxo atrás da moto de Pedro e depois derruba os dois.
A Justiça alega que o motorista do Porsche “utilizou o seu veículo como verdadeira arma” contra Pedro e sua moto. Segundo a polícia, Igor não ingeriu bebida alcoólica no dia do crime. Em seu interrogatório, ele confirmou que seguiu o motociclista após ter o retrovisor quebrado, mas que não teve intenção de atropelar e matar.
Igor defende que o motociclista mudou de faixa abruptamente e cruzou na frente do veículo. Após atingir a moto, os veículos bateram num poste e em árvores.
A namorada do empresário, que estava no banco do passageiro, sofreu ferimentos leves, sendo levada a um pronto-socorro. Já Igor não se feriu com gravidade. Pedro chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada num hospital.
A Promotoria pediu que a magistrada fixe um “valor mínimo de indenização a ser pago aos familiares da vítima” por Igor. Isso porque, conforme o Ministério Público, “Pedro era casado e sua esposa estava grávida na data do crime”.
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