Brasil
Militar diz que atirou em vizinho negro por não enxergar o que ele tinha em mãos
Em depoimento, suspeito explica que matou "para reprimir injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer”
Foto: Reprodução
O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que matou o vizinho Durval Teófilo Filho a tiros no Rio de Janeiro ao confundi-lo com um ladrão, afirmou, em testemunho, que deferiu os disparos por não ter conseguido enxergar claramente o que a vítima estava segurando em suas mãos. Por isso, o matou "para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer”.
"Do interior do veículo teve sua atenção voltada para um homem que vinha por de trás do carro, mais precisamente atravessando a rua indo aparentemente em direção do carro, pelo lado do carona, portanto o declarante, que estava sentado no banco do motorista, se virou para trás e sacou sua pistola [...]. O declarante acreditava que seria assaltado, pois Durval estava mexendo em algo na região da cintura, o que acreditava ser uma arma de fogo, portanto para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer, o declarante efetuou três disparos com sua pistola", diz trecho do depoimento dado pelo suspeito nesta quinta-feira (3).
Segundo Bezerra, "por seu automóvel ter película escura nos vidros e por estar chovendo, não conseguiu ver com precisão o que Durval estava segurando". Diante disso, ele alegou que a ação seria legítima defesa. Por isso, na versão inicial do termo, o suspeito aparece como “vítima”. Posteriormente, a Polícia Civil alterou o documento, indiciando o homem por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).
Durante o curso das investigações, a tipificação do crime ainda pode sofrer alterações.
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