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Militar diz que atirou em vizinho negro por não enxergar o que ele tinha em mãos

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Militar diz que atirou em vizinho negro por não enxergar o que ele tinha em mãos

Em depoimento, suspeito explica que matou "para reprimir injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer”

Militar diz que atirou em vizinho negro por não enxergar o que ele tinha em mãos

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 04 de fevereiro de 2022 às 14:47

O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que matou o vizinho Durval Teófilo Filho a tiros no Rio de Janeiro ao confundi-lo com um ladrão, afirmou, em testemunho, que deferiu os disparos por não ter conseguido enxergar claramente o que a vítima estava segurando em suas mãos. Por isso, o matou "para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer”.

"Do interior do veículo teve sua atenção voltada para um homem que vinha por de trás do carro, mais precisamente atravessando a rua indo aparentemente em direção do carro, pelo lado do carona, portanto o declarante, que estava sentado no banco do motorista, se virou para trás e sacou sua pistola [...]. O declarante acreditava que seria assaltado, pois Durval estava mexendo em algo na região da cintura, o que acreditava ser uma arma de fogo, portanto para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer, o declarante efetuou três disparos com sua pistola", diz trecho do depoimento dado pelo suspeito nesta quinta-feira (3).

Segundo Bezerra, "por seu automóvel ter película escura nos vidros e por estar chovendo, não conseguiu ver com precisão o que Durval estava segurando". Diante disso, ele alegou que a ação seria legítima defesa. Por isso, na versão inicial do termo, o suspeito aparece como “vítima”. Posteriormente, a Polícia Civil alterou o documento, indiciando o homem por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

Durante o curso das investigações, a tipificação do crime ainda pode sofrer alterações.