
80 anos da Cantina da Lua, vamos fazer uma grande festa?
Creio que não carecem justificativas para comemorar os 80 anos da Cantina da Lua, mas, nesse mundo guiado pela lógica banal dos editais, posso enumerar uma série de motivos

Foto: Reprodução
Vou falar mais uma vez sobre Clarindo Silva. Gosto de variar os assuntos aqui no jornal, apesar de ser, eu, um obsessivo dos mesmos temas em meu cotidiano. Volto outra vez a Clarindo Silva, mas sei que serei compreendido, até por ter um pretexto perfeito para a exigência dos periódicos: a Cantina da Lua (bar, restaurante e centro cultural sob seus cuidados há muito tempo) comemora 80 anos este ano. Mais precisamente, este mês. E a função deste artigo é justamente chamar atenção da Bahia, incluindo poderes públicos e particulares, para a necessidade de comemorarmos o acontecimento. Creio que não carecem justificativas, mas, nesse mundo guiado pela lógica banal dos editais, posso enumerar uma série de motivos.
1 - A Cantina da Lua faz 80 anos! (acha pouco numa cidade onde 30 aninhos já são um século?).
2 - Por ali circularam alguns dos nossos maiores artistas, incluindo Riachão, Batatinha, Tião Motorista, Claudete Macedo etc.
3 - O local foi prefeitura da cidade, no início do mandato de Mário Kertész, em 1986, com direito a despachos (não confundir com bozó) oficiais do então prefeito. E vou continuar no próximo parágrafo.
4 - Do Projeto Cultural Cantina da Lua surgiu a hoje consagrada Terça-da-Bênção do Olodum.
5 - Na Cantina está a única placa atestando o reconhecimento do Pelourinho como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
6 - Ali nasceu a Fundação Criançarte, com foco em educação patrimonial para as crianças da região (ah, se fosse adotado e levado a sério pelos governos).
7 - A mera atuação de Clarindo Silva, dentro e fora dos limites do estabelecimento, deveria ser agradecida de joelhos. E paro por aqui pois parece mesmo conta de mentiroso a quantidade de façanhas.
Por essas e outras, quero convocar todo mundo para fazer uma grande festa, de civilidade, não de partidarismo. A produtora Macaco Gordo, de Chico Kertész, já está engajada. Alguém vai ficar de fora?
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.