Vote na disputa do Troféu Axé para melhor música do carnaval 2025>>

Sábado, 22 de fevereiro de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Artigos

/

Lavagem no Congresso

Lavagem no Congresso

Davi Alcolumbre, apesar do seu comprometimento com as emendas secretas, é eleito presidente do Senado no Brasil. Já sobre Hugo Motta, eleito presidente da Câmara dos Deputados, basta dizer que ele cria de Eduardo Cunha e de Arthur Lira As eleições para presidência mostram a que ponto chegaram a Câmara e o Senado

Lavagem no Congresso

Foto: Reprodução

Por: metro1 no dia 20 de fevereiro de 2025 às 06:35

Eu vejo as declarações de Hugo Motta, que disse que os ataques de 8 de janeiro não foram tentativa de golpe, como um sinal claro. Um sinal para quem ainda não percebeu a situação dramática que o Brasil vive e sem perspectiva. O Congresso Brasileiro chegou a um ponto - e essas duas recentes eleições de presidência da Câmara e presidência do Senado atestam isso - em que uma questão como a das emendas, que se trata de corrupção da mais sórdida possível, um assalto aos cofres públicos brasileiros, não tem importância.

Tanto não tem, que hoje o agora presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi uma das figuras políticas que mais se destacou no incentivo à aplicação, desenvolvimento e defesa das emendas secretas - aquelas das quais não se sabia nada, nem onde o dinheiro ia parar e nem o que havia sido feito ou não feito com ele.

Davi Alcolumbre, apesar do seu comprometimento testemunhado e documentado com as emendas secretas, é eleito presidente do Senado no Brasil. Já sobre Hugo Motta, eleito presidente da Câmara dos Deputados, basta dizer que ele cria de Eduardo Cunha e de Arthur Lira, não precisa dizer mais nada.

A situação dramática consiste no seguinte: nem de longe, nem em sombra, deve pensar-se no fechamento do Congresso, de maneira nenhuma, mas que o Congresso precisa de uma lavagem, precisa. E também é verdade que não há nenhuma perspectiva de que essa lavagem aconteça. Então o que fazer diante dessa situação, depois que os comprometidos com as emendas secretas, que desviaram bilhões de dinheiro público, chegam ao comando das duas Casas? Nem imagino que haja alguém com uma ideia consequente, viável e útil.

* A análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, transmitido ao meio-dia às quintas-feiras

Artigos Relacionados