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Investimento no país do velho da Havan

Investimento no país do velho da Havan

O Brasil tem capacidade para fazer, mas não tem empresariado disposto. Ou o Estado faz ou não teremos

Investimento no país do velho da Havan

Foto: Reprodução

Por: metro1 no dia 13 de fevereiro de 2025 às 06:05

Há algumas semanas aqui no Três Pontos, Samuel Possebom, que trabalha nessa área de tecnologia, nos fez pensar que o Brasil tem capacidade científica instalada para entrar nessa briga da Inteligência Artificial. A china mostrou como isso é possível quando lançou o Deepseek, com o grupo Alibaba. O que não pode é ficar todo mundo paradinho, quietinho e lamentando, sem ter um projeto, dizer de qual forma vai ser feito, como será tocado no Brasil.

O Brasil tem capacidade para fazer, mas não tem empresariado disposto. Ou o Estado faz, como fez com a Petrobras e com a Embrapa, ou não teremos. Porque se privatizam, como aconteceu com o fornecimento de água em São Paulo, onde, um mês após a privatização, o cidadão que é o novo CEO da empresa disse que investimento é com o Estado. Quer dizer, ele fica com o lucro e o investimento é só com o poder público. Capacidade tem. Mas cabe a quem?

Quem vai investir em alguma coisa se tem 14% [juros] rolando no banco fácil todo fim do mês? Esse é o jogo montado. Essa é a batalha do dólar. “Ah, inflação, inflação”. A inflação tem a ver com o dólar que foi a seis reais e pouco. Se você vende as refinarias de petróleo, você vai comprar petróleo no mercado externo com dólar a quanto dólar tiver. Por que venderam? Porque esse é o jogo. É o que o economista Fiori fala: os estados não têm mais o domínio da sua moeda, são prisioneiros num jogo de capital internacional o tempo todo. É o que nós estamos assistindo.

O “velho da Havan”, que importa os badulaques dele da China, é essa gente que vai investir? Olha os empresários brasileiros símbolos de anos anteriores e olha o de agora? É o velho da Havan. Pablo Marçal, que diz que tem R$ 200 milhões. Fazendo o quê? Nada. Dizer o que mais?

Isso tudo está ligado evidentemente à comunicação. Se Nikolas Ferreira provoca o estrago que provocou sobre o Pix, por aí se tira a dificuldade de como reagir se não tiver capacidade instalada.

* A análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, transmitido ao meio-dia às quintas-feiras

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