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Quinta-feira, 31 de outubro de 2024

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À vontade por aí, esperando anistia

À vontade por aí, esperando anistia

Mais vergonhoso do que Bolsonaro indicar prefeitos e governadores, é o fato dele ainda ser citado como pretenso candidato na próxima eleição presidencial

À vontade por aí, esperando anistia

Foto: Reprodução

Por: metro1 no dia 31 de outubro de 2024 às 00:41

Em um país em que, depois de fazer o que fez na Presidência da República, um sujeito poder andar por onde queira, dizendo as barbaridades que queira e estimulando as condutas mais inconvenientes Ilegais, como faz Jair Bolsonaro com toda a liberdade, não é de se espantar que Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, e Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, ambos ligados ao clã Bolsonaro, estejam um liderando as pesquisas de intenção de votos [e reeleito no último domingo] e o outro sendo o nome mais privilegiado atualmente pelo pela chamada elite paulista.

Tarcísio é o principal responsável por esse resultado letal da segurança em São Paulo, por sua recusa em tomar providências sérias, humanas e humanitárias, em relação à conduta da polícia paulista, que está, na prática, com carta branca para fazer o que quiser. O que aconteceu na Baixada Santista é de uma clareza de meio-dia. E ele defendendo porque é o responsável, não são nem esses secretários, que um já matou 16 e o outro diz perder as contas. O exercício de um cargo público dado pelo governador e pelo prefeito assassinos.

Isso porque, depois de tentar dar um golpe de Estado no Brasil, de ser a figura central de um levante na capital da República, depois de demonstrado que esse ex-milico estava nos Estados Unidos em fuga porque apavorou-se com a ideia de que ao descer a rampa seria preso preventivamente, esse cidadão, Jair Bolsonaro, anda anda por aí afora tranquilo. É uma vergonha que, depois de tudo, ele tenha a liberdade de fazer indicação de candidato para exercer altos cargos públicos, como prefeito de cidades da dimensão de São Paulo - além de muitas outras.

E é ainda mais vergonhoso que ele seja citado como pretenso candidato na próxima eleição presidencial, na expectativa de que o Congresso venha aprovar a anular os processos que ele ainda responde ou a aprovar a anistia geral para os golpistas do 8 de Janeiro. Ele anda por aí à vontade. É vergonhoso para o Executivo Brasileiro, para o Judiciário Brasileiro, para o Ministério Público Brasileiro e para nós.

* A análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, transmitido ao meio-dia às quintas-feiras