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Bruno, você prometeu restabelecer linhas de ônibus, lembra?

Bruno, você prometeu restabelecer linhas de ônibus, lembra?

O fato é o seguinte: a integração entre ônibus-metrô-BRT, do modo como está colocada, revelou-se precária e vem castigando o cidadão em seu dia a dia

Bruno, você prometeu restabelecer linhas de ônibus, lembra?

Foto: Reprodução

Por: James Martins no dia 10 de outubro de 2024 às 00:21

A vitória expressiva do prefeito Bruno Reis, reeleito com 78,67% dos votos, ao mesmo tempo que fortalece o político, não deve silenciar as queixas da população em relação ao transporte público em Salvador. Ao contrário, tendo sido considerado o segundo ponto mais sensível da capital (atrás apenas da segurança pública, que é muito mais responsabilidade do governo do estado), o sistema de ônibus coletivos foi tão criticado pelas candidaturas concorrentes (e essa queixa ecoou tanto no eleitorado) que o próprio Bruno se comprometeu a rever a extinção de algumas linhas e restabelecê-las.

O fato é o seguinte: a integração entre ônibus-metrô-BRT, do modo como está colocada, revelou-se precária e vem castigando o cidadão em seu dia a dia. E esse mesmo cidadão-eleitor deve aproveitar a promessa de campanha do prefeito para cobrá-lo diariamente, com o auxílio da imprensa, do MInistério Público, da oposição.

De acordo com Bruno Reis, parte das linhas foi extinta mediante contrato firmado com o governo, visando não prejudicar a receita do metrô. Por isso, as que passavam por duas estações tiveram que ser excluídas, a exemplo da Pernambués-Barroquinha. Porém, na prática, muitas vezes o metrô não substitui a contento o buzu que ligava um ponto ao outro, apenas obrigando o trabalhador a pegar dois ônibus. E o pior, mesmo esses ônibus de transbordo, como o Acesso Norte, muitas vezes demora de passar, castigando quem já sofre.

Como a promessa de restabelecer as linhas foi feita também pelo candidato do governo, Geraldo Júnior, que, aliás, é vice-governador, um novo plano de transporte coletivo na cidade deve ser exigido das duas partes: prefeitura e governo do estado, mediante o real esclarecimento das responsabilidades de cada um. Aproveitar que o assunto está no holofote e pressionar. O eleitor tem que aprender que seu voto tem força (ou terá, se for usada) para além do dia das urnas. Acelera, motô!