Saúde
Ministério da Saúde já tinha sido alertado sobre falta de oxigênio em Manaus
Órgãos federais e locais apresentaram uma ação civil à Justiça
Foto: Ingrid Anne/Fotos Públicas
O procurador da República do Amazonas, Igor da SIlva Spindola, afirmou ontem (14) que o Ministério da Saúde já havia sido alertado, com ao menos quatro dias de antecedência, sobre a expectativa de falta de oxigênio em hospitais. A informação é da coluna de Guilherme Amado, da Época.
Spindola diz que, além de o estado não ter se preparado, a culpa pelas mortes por asfixia nos postos de saúde de Manaus também é do governo federal e dos militares do ministério, que foram alertados para o que veio a acontecer. O procurador avalia que eles desconhecem o funcionamento do SUS.
A situação na capital amazonense está crítica: no pico da pandemia em 2020, eram necessários 20 mil m³ de oxigênio, agora os hospitais precisam de 70 mil m³, informa Spindola.
A empresa White Martins, fornecedora de oxigênio para os hospitais da cidade, consegue produzir 28 mil m³. A outra parte da produção é líquida, mais perigosa e inflamável, por isso só pode ser transportada por avião cargueiro, como o da Força Aérea Brasileira (FAB). O exército informou, porém, que o avião quebrou ontem (14).
O procurador disse que "eles têm outros aviões", mas "ninguém se movimentou para resolver".
Diversos órgãos federais e locais apresentaram, ontem (14), uma ação civil pública à Justiça Federal de Manaus. Eles afirmam que a responsabilidade de garantir o fornecimento necessário de oxigênio para os hospitais é do governo federal, da União.
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