Vaticanista Nuno Emanuel prevê um perfil "mais moderado" para novo papa

A morte do Papa Francisco marcou um ponto de virada para a Igreja Católica, deixando o Vaticano diante de uma grande responsabilidade: escolher um novo líder que sucedesse um pontífice tão carismático e popular. Durante o programa Jornal da Metropole no Ar, nesta quarta-feira (23), o vaticanista e pesquisador Nuno Emanuel Antunes compartilhou que, em sua análise, diante das correntes que dominam o conclave, o novo papa deverá ser “mais moderado”.

“O próximo Papa poderá ser um Papa moderado, um Papa que possa ser ligeiramente um pouco mais conservador do que Francisco e não tenha ideias tão progressistas”, disse. Ele acredita que a Igreja, com sua “tradição e prudência”, optará por um líder que busque equilíbrio e coesão interna.

O vaticanista destacou ainda que a maior parte dos cardeais eleitores foi escolhida por Francisco e segue sua linha de pensamento mais progressista. Porém, ele alertou que, apesar dessa maioria, correntes mais conservadoras também ganharam força, o que reflete um cenário de polarização dentro da Igreja. O aumento de cardeais alinhados a visões mais tradicionais é algo que foi impulsionado por Francisco, especialmente após sua decisão de restringir a celebração do rito antigo.

 “A Igreja Católica não quer que surja um Papa que possa alimentar a ideia cismática”, apontou ele, afirmando que o próximo pontífice ser uma figura de equilíbrio é essencial para garantir a continuidade da paz e coesão interna na Igreja.

Confira o programa completo: