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Hannah Bellini fala da luta pela devolução de crânio de líder da Revolta dos Malês: “dignidade negada”
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Hannah Bellini fala da luta pela devolução de crânio de líder da Revolta dos Malês: “dignidade negada”
O crânio, retirado ilegalmente do Brasil no século XIX, está atualmente no Museu Pibari, na Universidade de Harvard

Foto: Reprodução/YouTube
A luta pela devolução do crânio de um líder da Revolta dos Malês, uma das maiores manifestações de resistência à escravidão no Brasil, segue ganhando força. O crânio, retirado ilegalmente do Brasil no século XIX, está atualmente no Museu Pibari, na Universidade de Harvard. Em entrevista ao Jornal da Metropole no Ar, nesta quarta-feira (23), a socióloga e pesquisadora Hannah Bellini detalhou a importância desse processo de repatriação para a comunidade islâmica e para a história da resistência no Brasil.
“A gente está falando de memória sensível. Desde o início, esse pedido de repatriação do crânio foi feito para que a comunidade possa realizar rituais de acordo com os princípios islâmicos. Que é um processo de dignidade que foi negado não só a esse indivíduo, mas a milhões de outros de variadas tradições religiosas durante a escravidão”, afirmou Bellini.
A pesquisadora explicou que a repatriação do crânio não se trata apenas de uma restituição material, mas de um ato de justiça histórica. O processo, que envolve negociações com Harvard, inclui a realização de rituais islâmicos, essenciais para a comunidade. Para Bellini, essa devolução representa um marco significativo na memória sensível da Bahia, valorizando a contribuição dos afro-muçulmanos na resistência à escravidão.
“Estamos esperando, estamos otimistas que a Universidade irá devolver o crânio ainda esse ano”, concluiu a pesquisadora.
Confira a entrevista completa:
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