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"Parece que estamos construindo adultos não pensantes", diz Alysson Mustafa sobre padronização no ensino particular

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"Parece que estamos construindo adultos não pensantes", diz Alysson Mustafa sobre padronização no ensino particular

Em entrevista ao Jornal da Cidade nesta quarta-feira, o presidente do Sindpro defendeu o papel da escola para construção de cidadãos respeitosos e com senso crítico

"Parece que estamos construindo adultos não pensantes", diz Alysson Mustafa sobre padronização no ensino particular

Foto: Metropress/Fernanda Villas

Por: Metro1 no dia 09 de abril de 2025 às 18:24

Atualizado: no dia 09 de abril de 2025 às 18:34

Durante o Jornal da Cidade desta quarta-feira (9), o presidente do Sindicato dos Professores da Bahia (Sinpro), Allyson Mustafa, criticou o atual modelo de ensino de escolas particulares. Com padronização dos livros didáticos, professores sem autonomia e foco em provas de vestibular, Mustufa afirma que os jovens irão se tornar adultos “não pensantes”. 

“Eu digo aos meus alunos que eu não quero eles pensem igual a mim, eu quero que eles pensem! Porque parece que a gente está construindo hoje uma adolescência, uma infância para não pensar, e adultos não pensantes. Nós precisamos transformar novamente as escolas em organismos vivos, de troca de ideias, de trocas de experiências, de construção e compartilhamento de olhares sobre o mundo”, disse o presidente do Sinpro.

Segundo Mustafa, é preciso pensar em uma construção de um ensino que traga contribuições significativas para um convívio em sociedade. “A gente fala pensar dentro de uma lógica de respeito, da construção de uma sociedade plural, equilibrada, mas sobretudo que garanta e produza respeito as diferenças, as diversidades”, afirmou.

Além disso, o presidente ainda destacou o papel da família nesta tendência de ensino e defendeu a importância das escolas na produção de cidadãos. “As escolas precisam ser um lugar pulsante, e passa pela liberdade do professor, e as famílias precisam reconhecer o fundamental papel da escola, não como produtora de jovens e adolescentes iguais em pensamentos. Pelo contrário, mas no sentido de produzir crianças e adolescentes capazes de entender o mundo em que eles estão, de se posicionar e contribuir positivamente para vida em sociedade. Porque de contribuição negativa, a gente já tem muita”, completou.