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"Não existe a visão de uma cidade sustentável", diz presidente do CAU sobre venda de áreas verdes de Salvador

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"Não existe a visão de uma cidade sustentável", diz presidente do CAU sobre venda de áreas verdes de Salvador

Áreas garantem permeabilidade das águas pluviais e minimizam ocorrências de alagamentos

"Não existe a visão de uma cidade sustentável", diz presidente do CAU sobre venda de áreas verdes de Salvador

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 21 de fevereiro de 2025 às 13:27

Atualizado: no dia 21 de fevereiro de 2025 às 14:21

O Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA), Tiago Brasileiro, criticou a venda de terrenos e áreas verdes de Salvador e frisou que não existe a visão de uma cidade sustentável. Em entrevista ao Jornal da Metropole no Ar nesta sexta-feira, o gestor rebateu a fala do prefeito Bruno Reis, em que ele diz que a área de encosta arrematada em leilão "não serve para nada". Para ele, as áreas garantem a permeabilidade das águas pluviais e minimizam ocorrências de alagamentos.

"Não existe a visão de uma cidade sustentável. Porque falar que uma encosta com vegetação, arbórea arbustiva, inclusive com espécies de restinga, porque eu conheço essa encosta, inclusive ela é um espaço de escape, de fôlego para o carnaval, é uma área que traz identidade paisagística e urbanística para a nossa cidade. Então, quer dizer, só o valor dessa identidade já é muito maior, porque atrai turistas, atrai visitantes, porque traz uma possibilidade de um ambiente de contemplação e, portanto, de saúde pública. São áreas permeáveis que garantem a permeabilidade das águas pluviais e, portanto, minimizam ocorrências de alagamentos, ainda mais numa área onde a declividade é acentuada", criticou o presidente. 

Segundo o presidente, a partir do momento as áreas verdes passaram a ser Área de Proteção de Recursos Naturais, e a autorização para implantação de empreendimentos se tornou possível.

"O mundo está tratando áreas verdes urbanas como elemento de progresso. E por que a gente não tem que tratar isso? Se eu não me engano, são 44 áreas verdes públicas que estão desafetadas, a tratar de algumas leis sancionadas aí nos últimos anos, sem estudos técnicos que justifiquem tecnicamente essa venda", comentou. 

Confira a entrevista completa: