Rádio Metropole
Jerônimo rebate comparação de Bruno Reis sobre leilões da prefeitura: “o ponto é que essas áreas têm papel ambiental”

Home
/
Notícias
/
Rádio Metropole
/
Anistia após ditadura contribuiu para sensação de impunidade, diz historiador
Felipe Duccini esteve ao lado de Emiliano José e Everaldo de Jesus na Rádio Metropole nesta quinta-feira (20)
Foto: Victor Ramos/Metropress
O historiador Felipe Duccini afirmou, nesta quinta-feira (20), que o debate atual sobre a possível anistia aos golpistas de 8 de janeiro reacende a importância de revisitar a discussão sobre a anistia de 1979. Em entrevista à Rádio Metropole, ele pontuou que a anistia após a didatura contribuiu para a consolidação de uma sensação de impunidade.
O historiador também criticou o modelo de transição política adotado durante o regime militar. “O regime militar realizou um processo político de transição negociada, caracterizada pela ausência do elemento de justiça, resultado na impunidade dos torturadores e dos algozes da ditadura”, explicou Duccini. Segundo ele, essa ausência de justiça deixou feridas que permanecem abertas na memória do país.
Duccini ressaltou a repercussão de produções culturais, como o filme Ainda Estou Aqui, que traz à tona essas questões históricas e impulsiona debates na sociedade e até mesmo no Supremo Tribunal Federal, que reabriu discussões sobre o caso Rubens Paiva. Entretanto, ele lamentou a escassez de ações concretas por parte do Estado, como a revisão da lei da anistia, proposta pela OAB em 2010 e rejeitada pelo STF, que manteve uma interpretação de “anistia enquanto esquecimento”.
Confira a entrevista na íntegra:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.