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"A igreja ocupa um espaço que foi deixado pelo Estado", diz antropólogo Juliano Spyer

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"A igreja ocupa um espaço que foi deixado pelo Estado", diz antropólogo Juliano Spyer

Durante a entrevista, ele destacou a importância da igreja evangélica para muitas comunidades e o papel que ela ocupa onde o Estado falha

"A igreja ocupa um espaço que foi deixado pelo Estado", diz antropólogo Juliano Spyer

Foto: Youtube/Metro1

Por: Metro1 no dia 06 de fevereiro de 2025 às 11:37

Atualizado: no dia 06 de fevereiro de 2025 às 13:44

Juliano Spyer, antropólogo e pesquisador especializado em cultura digital, religião e comunicação, participou de uma entrevista nesta quinta-feira (6) na Rádio Metrópole para discutir o crescimento das igrejas evangélicas no Brasil e o conteúdo de seu livro "Crentes", que analisa a relação entre a religião e os aspectos sociais, políticos e culturais do país.

Durante a entrevista, ele destacou a importância da igreja evangélica para muitas comunidades e o papel que ela ocupa onde o Estado falha. "A igreja ocupa um espaço que foi deixado pelo Estado em termos de local para se cuidar dos filhos, durante o contraturno escolar, e uma série de outras coisas.” 

"O que você faz com a sua filha ou seu filho nesses espaços que não tem nenhuma alternativa de lazer ou de atividade para que seu filho não esteja submetido ou exposto às tentações do crime? E todas as respostas para essas perguntas, a resposta é a igreja. É a igreja que está lá para fazer isso", acrescentou.

O autor também discutiu a dificuldade da esquerda em estabelecer um diálogo com o público evangélico, refletindo sobre a resistência gerada por uma visão muitas vezes negativa da religião dentro desse campo político. "Antes você poderia votar no candidato a, b, ou c, porque ele faz coisas que te interessam, por exemplo, sei lá, algum tipo de programa, Bolsa Família, digamos, mas agora, se você vota nessa outra pessoa, e essa pessoa, por exemplo, apoia o aborto, ou diz alguma coisa em relação a essa lista de pautas morais, você se contamina com o pecado dessa pessoa", afirmou o pesquisador. 

Além disso, ele observou que essa postura gerou uma resistência no campo evangélico, que está "muito cristalizada em relação a esses lados."

Confira a entrevista completa: