“Continuamos a ver mecanismos para a destruição da universidade”, diz João Carlos Salles

Nos seus oito anos na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o ex-reitor, professor e pesquisador João Carlos Salles enfrentou diversas situações pela falta de orçamento e problemas advindos dela. No Jornal Metropole no Ar, o professor João Carlos Salles anunciou o lançamento do seu novo livro, “Entreato”,  que traz a sua transição de reitor para pesquisador, no ambiente acadêmico, evidenciando dificuldades e a importância que a universidade pública tem, expostas sob perspectivas de uma mesma pessoa, mas em locais distintos.

“A universidade, esse que é talvez o cerne da questão, continua ameaçada. Nós viramos a página do obscurantismo, viramos a página das gravíssimas restrições orçamentárias, e nós continuamos a ver mecanismos que podem servir para a destruição da universidade. Por isso que esse oito de janeiro deve ser celebração não só da recusa da tentativa de golpe, mas também deve ser pensado por todos nós, por uma afirmação de uma sociedade radicalmente democrática”, declarou João Carlos Salles.

A integração entre pesquisa e extensão é essencial para a universidade pública, que, para cumprir seu papel transformador, necessita de um orçamento justo e adequado, aponta Salles. Com seu trabalho como reitor, o pesquisador viu de perto problemas para gerir com os recursos essenciais. Apesar disso, ele aponta que, com parceria, conseguiu uma universidade pulsante, viva, realizando congressos, com uma porosidade com relação aos movimentos sociais, construindo programa de ensino, filosofia e ciências, ressaltando faces da pesquisa e da extensão como coração da universidade.

Confira a entrevista completa: