“Trump vem chancelando os planos e ambições sionistas de Netanyahu”, diz Breno Altman

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito declarações polêmicas sobre a situação na Faixa de Gaza e chegou a afirmar que assumiria o controle do território palestino. Para o jornalista Breno Altman, fundador do Opera Mundi, um site de notícias internacionais, essa conduta do presidente norte-americano expõe como ele vem se alinhando ao projeto sionista e chancelando os projetos do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“Embora possa haver muita bravata na fala do presidente Donald Trump, nós temos que compreendê-la para além disso. Donald Trump está claramente se alinhando ao projeto histórico do sionismo, o projeto da grande Israel, ou como se diz em hebraico, Eretz Israel, que é uma reconstrução bíblica jamais provada historicamente”, disse o jornalista fundador do Opera Mundi, em entrevista à Rádio Metropole.

Segundo a Bíblia hebraica, mil anos antes de Cristo teria existido o Reino Unido de Israel e Judá, na região que compreende hoje toda a Palestina, Jordânia e Líbano, além de parte da Síria, Iraque, da Arábia Saudita, do Kuwait e Egito. Segundo Altman, não há qualquer prova arqueológica sobre a existência desse reino, mas essa é a chamada a Grande Israel (Eretz Israel), que é o “sonho sionistas”. “De alguma maneira, Netanyahu tem expressado esse objetivo, não somente com genocídios e ataques militares contra a Palestina, mas também com uma série de acordos diplomáticos e econômicos que permitam a expansão de Israel”, acrescentou o jornalista. 

Donald Trump, por sua vez, tem chancelado e reforçado essa ambição, pontua Altman, principalmente com “essa proposta alucinada sobre a transformação da faixa de Gaza em uma espécie de Balneário Camburiu em sociedade entre o regime sionista e os Estados Unidos”. Altman ainda criticou a ausência de pronunciamento da Conib (Confederação Israelita do Brasil) ou de qualquer outra entidade da comunidade judaica no Brasil sobre as declarações e planos de Trump. 

Confira a entrevista na íntegra: