"Polícia é segurança pública, mas segurança pública não é só polícia”, diz secretário de Segurança Pública da Bahia

A parceria entre a sociedade e o sistema de segurança pública é essencial para combater o crime, pois fortalece a vigilância comunitária, facilita a troca de informações e cria um ambiente de segurança e confiança mútua. No Jornal Metropole no Ar desta terça-feira (7), o secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP), Marcelo Werner, reforçou que a Secretaria está atuando cada vez mais na busca pela realização de ações com estímulos às áreas da cultura, trabalho, esporte e renda para enfrentamento da criminalidade em parceria com a sociedade.

“Polícia é segurança pública, mas segurança pública não é só polícia. Essa é uma das primeiras premissas que a gente trabalha. Entendendo que a gente tem o sistema de justiça criminal como um todo, e a gente tem firmado parcerias importantes, que eu faço um parênteses, Ministério Público e Judiciário, mas uma provocação, mais uma vez, ao legislativo, para que a gente não possa banalizar os crimes violentos contra a pessoa e contra o patrimônio da pessoa. A gente vive num Estado brasileiro, onde a gente tem um número de homicídios, apesar de estar dois anos em diminuição, mas temos ainda um número de homicídios muito grande em relação à comparação mundial”, declarou Werner

Como uma medida legislativa, Werner citou que “a gente precisa de uma legislação mais dura para que a gente desestimule, para que a gente não viva a impunidade e a gente desestimule esse tipo de prática criminosa”. Além disso, também disse que, em um panorama nacional, tem constatado que as facções criminosas buscam o domínio territorial através da tática da política do terror e do medo. Contra isso, ele afirmou que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia tem atuado em busca de um alinhamento com a população para criar o círculo virtuoso em relação à sociedade, com preceitos que começam em casa, destacando a importância de grupos como a família e a religião, sob a intenção de gerar a transformação de maneira intrínseca.

“A gente vem trabalhando firme em relação a isso, em relação às facções, em relação à aproximação com a comunidade, em relação à aproximação com as escolas. Então, tem alguns programas, inclusive, dentro da Superintendência e Prevenção, da própria Polícia Militar e da Polícia Civil junto às escolas, para que os jovens, porque quem está morrendo nessa disputa de facção, nesse dia a dia, são jovens. Então a gente precisa trazer para que esses jovens venham ao mercado de trabalho, que eles venham e entendam a necessidade, o risco que está se tendo diariamente com esse assédio”, finalizou Marcelo Werner, secretário da Segurança Pública da Bahia (SSP).

Confira a entrevista na íntegra: