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Solidão em idosos pode tornar as relações familiares mais difíceis, diz psicóloga
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Solidão em idosos pode tornar as relações familiares mais difíceis, diz psicóloga
Dra. Lorena Martins analisou os estigmas e impactos da solidão nessa fase da vida
Foto: Reprodução/Youtube
A solidão na terceira idade é um tema que envolve aspectos emocionais, sociais e físicos. À medida que as pessoas envelhecem, muitos fatores podem contribuir para o aumento da sensação de solidão, como a perda de entes queridos, o afastamento de amigos, a diminuição da mobilidade e a aposentadoria. Em entrevista no programa Metropole Mais nesta sexta-feira (03), a psicóloga Lorena Martins analisou os impactos dessa sensação na rede familiar e os cuidados necessários nessa fase da vida.
A solidão não se refere apenas à ausência de companhia, mas ao isolamento emocional, à sensação de estar desconectado do mundo e à falta de significados nas interações sociais. A profissional explica que este sentimento "é uma reorganização dos afetos e do amor enquanto força motriz, sendo muito comum entre pessoas idosas. Isso pode tornar as relações familiares mais difícieis, porque pode tornar a pessoa mais arredia, menos receptiva, com mudanças de comportamento e personalidade".
"Para entender a pessoa idosa como uma pessoa que tem outro grupo de fragilidades é importante ter em mente que essas são fragilidades são típicas da fase da vida e não necessariamente pela pessoa 'ser velha'. Isso é muito difícil pois há todo um estigma em torno da pessoa idosa, pois ela já não é mais produtiva financeiramente, então ela acaba ficando um pouco escanteada", analisa ela.
A especialista ainda fala sobre os cuidadores que lidam com os idosos nessa fase da vida. "Às vezes o cuidador precisa de mais cuidados que o paciente. Existe, na verdade, um recorte de gênero muito gritante nisso. A maior parte dos profissionais na área de cuidado, seja psicologia ou enfermagem são eminentemente femininas. Muitas dessas cuidadoras entram em um estado de burnout ou estafa, porque cuidar é um trabalho que não acaba, e o reconhecimento disso é quase nenhum".
Confira a entrevista:
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