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Repórter Metropole: Artistas explicam pintura do Papa abraçado ao 'diabo' na Ufba e rebatem acusações de intolerância
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Repórter Metropole: Artistas explicam pintura do Papa abraçado ao 'diabo' na Ufba e rebatem acusações de intolerância
A pintura ganhou repercussão após um professor da Escola de Comunicação postar uma foto do grafite nas redes sociais
Foto: Reprodução/@mauriciouol
Uma pintura em uma das paredes da varanda Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/Ufba) tem chamado atenção e levantado discussões. O grafite representa o 'diabo' e o Papa Francisco abraçados e gargalhando. Nas redes sociais, internautas criticaram a pintura e apontaram “falta de respeito” e até “intolerância religiosa”. Ouvidos pelo Repórter Metropole, os responsáveis pela arte se defenderam e explicaram a intenção da pintura.
Um dos artistas responsáveis pela obra, o tarólogo Toni Oliveira rebate as acusações de intolerância religiosa. Para ele, faltou interpretação aos críticos. “Esse incômodo que essas figuras representativas causam passa por esse lugar também. Acredito que o que falta na interpretação seja talvez a leitura simbólica. Não acho que é sobre intolerância religiosa, é muito mais sobre leitura de símbolos”, diz.
Além do ‘diabo’ e do Papa, o grafite traz um cenário que se assemelha ao inferno e sacolas com dinheiro. João Pedro Vasconcelos, outro artista responsável pela pintura, explica que a ideia era justamente mostrar o acúmulo de riquezas e de poder das instituições religiosas, como a Igreja Católica, enquanto o povo é explorado. Segundo ele, a imagem do Papa não foi escolhida pela pessoa dele, mas sim pelo cargo que ele representa, “a posição máxima dentro de uma instituição religiosa tão presente”.
A pintura ganhou repercussão após um professor da Escola de Comunicação postar uma foto do grafite nas redes sociais. Nos comentários, internautas atacaram a obra. “Baita desrespeito a um líder religioso, sem nenhuma necessidade e com a falsa argumentação de que se trata de arte”, disse um deles. Já outro lamentou o espaço da universidade ser usado. “É lamentável ver um espaço tão importante, reconhecido como um centro de formação crítica e criativa, abrigar um grafite que, ao invés de instigar o debate construtivo, apela para imagens de gosto duvidoso e polêmicas”, opinou.
Confira a entrevista:
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