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“Embargo a Cuba não tem explicação senão um ímpeto de violência”, diz Janio de Freitas

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“Embargo a Cuba não tem explicação senão um ímpeto de violência”, diz Janio de Freitas

Análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos desta quinta-feira (31), depois da ONU reafirmar, pela 32ª o pedido de encerramento do embargo norte-americano contra Cuba

“Embargo a Cuba não tem explicação senão um ímpeto de violência”, diz Janio de Freitas

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 31 de outubro de 2024 às 16:00

Atualizado: no dia 31 de outubro de 2024 às 16:08

Pela 32ª vez, a Assembleia Geral da ONU reafirmou, com ampla maioria, seu pedido para que os Estados Unidos encerrem o embargo econômico, comercial e financeiro contra Cuba. Na votação, na última quarta-feira (31), 187 nações manifestaram-se favoráveis, enquanto apenas duas — Estados Unidos e Israel — votaram contra, e a Moldávia optou pela abstenção. Porém esta resolução é não vinculante, ou seja, os Estados Unidos não é obrigado a acatar. Para o jornalista Janio de Freitas, não há outra explicação senão a um ímpeto de violência.

“Esses embargos, que os americanos se dão o direito de aplicar por aí afora, castigam os povos dos países visados por essas decisões dos presidentes democráticos e democratas dos Estados Unidos, sendo democratas e nesse sentido também republicanos. Isso não tem outra explicação senão um ímpeto de violência, de agressividade sob o nome de diplomacia, de defesa da democracia”, disse o jornalista no programa Três Pontos desta quinta-feira (31).

Janio ainda questionou a defesa da democracia por parte dos Estados Unidos citando a conduta do país no Irã, no Afeganistãoma na Líbia e mais recentemente em Gaza, com os ataques israelenses. “Castigar esses povos com embargos não tem absolutamente nenhuma justificativa possível. Os povos não praticaram absolutamente nada que justificasse qualquer castigo. Nem mesmo o povo de Israel hoje pode ser acusado, como povo, pela brutalidade, pela monstruosidade que os seus poderosos praticam nos territórios de Gaza, do Líbano, da Cisjordânia, certamente em outros territórios. Não é o povo de Israel que deve responder por isso”, afirmou, classificando esses embargos como uma “brutalidade absurda”.

Janio citou como exemplo a própria população de Cuba, que, mesmo sem ter feito nada diretamente contra os Estados Unidos, sofre as consequências do embargo, “não tem petróleo para ter luz, portanto não tem luz, nem energia elétrica nos hospitais, nas casas, nas ruas. Na Venezuela é a mesma coisa, é o povo venezuelano que deve responder pelas desapropriações, pelo afastamento de empresas americanas na Venezuela, pela retenção do petróleo? É ao povo que o embargo castiga”.

Confira o comentário na íntegra: