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"Um ministro que age contra seu governo tem que ser escorraçado", diz Janio de Freitas sobre Múcio
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"Um ministro que age contra seu governo tem que ser escorraçado", diz Janio de Freitas sobre Múcio
No Programa Três Pontos, Jânio de Freitas expôs o que pode haver em discurso de ministro
Foto: Reprodução/Youtube
Em recente discurso, o Ministro das Forças Armadas, José Múcio Monteiro, declarou que “o povo de Israel venceu licitação” e que “questões ideológicas” interferem no fato de que o potássio em solo brasileiro não pode ser explorado. O que, segundo ele, é o motivo do Brasil não exportar o bem e acabar gastando com a importação de potássio oriundo do Canadá. No programa Três Pontos desta quinta-feira (10), o jornalista Janio de Freitas analisou e expôs o que pode haver nas entrelinhas deste discurso.
“O ministro José Múcio Monteiro diz que a licitação foi vencida pelo povo judeu e pelo povo de Israel. É mentira. Quem venceu a eleição foi a empresa de materiais bélicos, que é fabricante de material para guerras, fabricante de armas, armas pesadas”, declarou. “No vídeo que vi, ele não se referiu ao objeto desta licitação. São 36 canhões acoplados, blindados, específicos para isso. Tem alguns com 155 milímetros poderosos, canos enormes, que se deslocam à vontade dos exércitos. A que ataque o Brasil precisará se defender? Isto custando, pelo menos, 1 bilhão de reais”, acrescentou o jornalista, expondo do que se tratava a licitação.
Janio classificou a declaração de Múcio como "vulgar" e as relacionou a "interesses meramente financeiros". Janio ainda citou as falas em que Múcio afirma que só não houve golpe no 8 de Janeiro porque as Forças Armadas não permitiram, classificando-as como mentirosas. "Um ministro que age contra seu governo tem que ser escorraçado do governo”, completou.
Sobre a declaração de que o Brasil perde em não explorar o potássio existente em solo indigena, Janio contrapôs e afirmou que não há “questões ideológicas” neste fato, como declarado por Múcio, mas questões que se voltam à preservação de um povo, "uma questão, na verdade, de humanidade, moral e ética".
“Não são motivos ideológicos que fazem a minoria defender a vida, defender a sobrevivência do que ainda resta de indígenas depois do genocídio que se pratica desde 1500 e continua se praticando contra os indigenas neste país. É uma questão humanitária, uma questão de caráter, é uma questão moral, não é uma questão ideológica. Essa insinuação de que a esquerda, o centro, o extremo esquerdo é responsável por não se exportar potássio”, concluiu o jornalista.
Confira o programa:
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