Edvaldo Brito cita debates, fundo eleitoral e "mar de santinhos" para cobrar atuação do Judiciário

O professor, jurista e vereador, Edvaldo Brito teceu críticas às campanhas das Eleições Municipais 2024. Em entrevista à Rádio Metrópole neste domingo (6),ele declarou que há desrespeitos sendo cometidos contra a legislação e que medidas precisam ser tomadas. Para Brito, é preciso investigar o que está acontecendo, porque, segundo ele, a distribuição do fundo eleitoral não é feita de maneira igualitária, o que beneficia alguns e dificulta a situação de outros.

“A legislação é muito dura e você pode olhar que, hoje, os equipamentos públicos estão lotados, novamente, de colagens. A lei que está em vigor proíbe isso, mas estão cheios. Alguma coisa está errada e nós precisamos observar", disse.

"Os debates foram péssimos. Essas pessoas que não têm compromisso com a democracia sujaram, portanto, a atividade eleitoral. E, por isso mesmo, eu acho que a legislação deve ser dura, porque são os recursos públicos que estão financiando tudo isso. Tem candidatos que têm R$ 20 milhões, tem candidatos que têm R$ 2 milhões. Então, isso não é democracia. A distribuição do fundo deve ser igual, porque aí equaliza também a disputa”, completou o vereador.

Ainda, segundo Brito, mesmo que se fiscalize e se faça qualquer alteração legislativa, haverá empecilhos e outras questões a tratar, no que diz respeito à aplicabilidade e às pessoas que farão determinadas mudanças legislativas.

“O problema é que quem vai fazer a alteração é quem, exatamente, vai se beneficiar do resultado dessa alteração. Então, as modificações eleitorais e as leis da administração eleitoral no Brasil são feitas pelos próprios destinatários das novas que vão aparecer. Enquanto isso acontecer, esse ‘casuísmo’ que você está vendo aí vai continuar. Sobre o fundo eleitoral, o brasileiro precisa se lembrar que é o imposto dele que está sendo, portanto, utilizado”, concluiu o professor Edvaldo Brito.

Confira a entrevista: