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Salva-vidas cobram estruturas para categoria em projeto da orla: “chega o concreto, mas não chegam nossos postos”
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Salva-vidas cobram estruturas para categoria em projeto da orla: “chega o concreto, mas não chegam nossos postos”
Representantes da categoria foram entrevistados no Jornal da Cidade nesta sexta-feira (27)
Foto: Metropress/Danilo Puridade
Além de barraqueiros e comerciantes da orla de Salvador, salva vidas também se unem às críticas ao projeto de revitalização do trecho que vai da praia da entre Boca do Rio a Patamares. O grupo, que já realizou assembleias e decidiu não instaurar uma greve por medo de retaliação, cobra melhores condições de trabalho e que novos postos para a categoria também sejam incluídos no projeto. Em entrevista ao Jornal da Cidade desta sexta-feira (27), Pedro Barreto e Raphael Colaço, diretores da Abasa (Associação Baiana de Salvamento Aquático), relembraram que a cobrança por novos postos para os salva-vidas já se arrasta há pelo menos uma década.
“Tem sido uma sistemática da gestão municipal pedir paciência e adiar as soluções. Então, quando a gente vê uma obra da magnitude do que aconteceu agora, da Boca do Rio a Patamares, vê aquelas estruturas sendo erguidas, onde por uma década o mesmo grupo político afirmou pra gente que não podia construir ali, quando a gente vê que agora aquela restinga foi revolvida por tratores, virou concreto, [e antes] não podia abrigar o posto do salva-vidas. Aquele concreto todo chega e o posto do salva-vidas não chega junto”, criticou Pedro Barreto.
Segundo os representantes da categoria, após a mobilização, foi indicado no projeto “locais que sobraram da obra” para a instalação de três novos postos para dar apoio aos salva-vidas. Eles alegam, no entanto, que os lugares indicados não têm acesso fácil à praia e não estão posicionados em locais estratégicos, que seria em frente às correntes de retorno no mar.
Condições atuais dos postos
Raphael Colaço cita também a quantidade de afogamentos e a falta de estrutura para a categoria, mesmo com a ampliação de alternativas para o acesso às praias. “O projeto da reforma não contemplou os postos da vida. No início, ficamos com a esperança de que teria uma valorização do nosso serviço, mas fomos vendo tudo aquilo pronto, perguntando e o pessoal da obra dizia que não ia ter nada pra gente. Vocês já devem ter visto imagens por aí dos nossos postos, dá vergonha de trabalhar”, contou Raphael, que já caiu de uma dessas estruturas improvisadas, que hoje, inclusive, é ocupada por uma família.
Confira a entrevista na íntegra:
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