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"Salvador é o útero do Brasil", destaca antropólogo sobre importância do Centro Histórico da capital baiana
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"Salvador é o útero do Brasil", destaca antropólogo sobre importância do Centro Histórico da capital baiana
Antropologo ainda destacou a importância da ligação de Salvador com a Baía de Todos os Santos e o recôncavo baiano
Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress
A cidade de Salvador é um patrimônio. A fala foi feita pelo antropólogo Roberto Pinho no programa Na Linha, que nesta terça-feira (24) também recebeu o professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA) José Fernando Marinho Minho e o arquiteto Marcelo Ferraz para discutir, junto com Mário Kertész, possíveis mudanças no Centro Histórico de Salvador.
Ao falar do Palácio Thomé de Souza, Pinho destacou a importância ocupada pelo prédio no centro da cidade. Sede da prefeitura de Salvador, a construção pode precisar sair do local após uma ação do Ministério Público Federal. “Aquele prédio é um símbolo e o símbolo atua de outra forma imperceptível. Imperceptível porque, para você perceber, ele aprofunda. Então a questão básica para mim da cidade de Salvador é que uma cidade que é ligada à Baía de Todos-osSantos, que é indissociável dela, e ainda é ligada ao Recôncavo Baiano e sobretudo à cidade de Cachoeira. Salvador é o útero do Brasil”, destacou.
O antropólogo ressaltou também o processo de desconstrução do Centro Histórico, que teve um processo de desarticulação a partir da implementação da Avenida Sete de Setembro, via que teve influência em grandes avenidas fora do país.
“A Avenida Sete botou uma régua por cima de uma cidade orgânica, botou um esquadro, e o que não estiver dentro desses oito, dez metros, derruba tudo. E foi derrubando. E surgiram depois coisas semelhantes ao Palácio do Rio Branco, com a mesma pegada. O Palácio da Aclamação, o Instituto Geográfico. Mas é muito complexo isso, porque é também uma grande demonstração da importância de Salvador. Então é importante que você saiba o que fazer, para reconhecer o espaço ali”, afirmou
Roberto Pinho ainda criticou que parte dessa desestruturação do Centro Histórico e regiões importantes da cidade ocorre por falta de conhecimento dos governantes, que não compreendem a importância do local e se deixam influenciar por interferências externas. “Como pode um administrador de um país, de uma nação, seja de um estado ou de um município, atuar de uma forma correta se ele não tem compreensão daquilo onde ele está metendo a mão?”, questionou.
Confira o programa na íntegra:
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