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"Contribuíram para o desenvolvimento de toda a Amazônia", diz médico escritor sobre imigração judaíca

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"Contribuíram para o desenvolvimento de toda a Amazônia", diz médico escritor sobre imigração judaíca

O médico lançou um livro para contar o vida dos povo judeu que vivia na região da Amazônia após imigração forçada no século XIX

"Contribuíram para o desenvolvimento de toda a Amazônia", diz médico escritor sobre imigração judaíca

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 17 de setembro de 2024 às 13:43

No século XIX, famílias de judeus que deixaram o Marrocos devido a perseguições religiosas e chegaram às margens do Rio Amazonas, ou em cidades grandes e pequenas da Região Norte. A presença desse povo foi fundamental para a construção social e cultural da região e para surgimento do ‘Haquitia’, um antigo dialeto judaico do norte da África. Em entrevista à rádio Metropole nesta terça-feira (17), o médico e escritor Yehuda Benguigui, contou o legado deixado pelos judeus na Amazônia. 

Benguigui, que é o maior pesquisador do dialeto, também explicou como ocorreu o processo de imigração forçada da época. 

“Quando os judeus oriundos do Marrocos chegaram à Amazônia, eles não permaneceram nas capitais, geralmente a porta de entrada era Belém do Pará ou Manaus, as duas capitais clássicas da Amazônia. Eles chegavam, passavam um tempo e iam para o interior do estado. Existiam várias condições, inclusive, econômica na época, borracha, castanha e outras formas, que eles se dedicaram e muitos deles contribuíram para o desenvolvimento econômico, social e cultural de toda a Amazônia. E hoje em dia a gente encontra, aproximadamente, 20 municípios, sem comunidades, sem remanescentes, sem judeus, mas com cemitérios judaicos que atestam a presença desses judeus que por lá passaram”, contou . 

O médico aprofunda a discussão no livro “Haquitia – O dialeto do Norte do Marrocos como falado pelos judeus da Amazônia e descendentes – Parte 1”, lançado este ano, fruto de suas pesquisas no incentivo do multissecular dialeto. O livro também tem como objetivo mostrar a permanência do Haquitia e desmistificar a ideia que o dialeto foi extinto.

Confira a entrevista completa: