Democratas e republicanos têm políticas externas diferentes, afirma jornalista sobre partidos dos EUA

O jornalista e escritor Pedro Doria discordou do discurso de que a política externa dos Democratas e Republicanos, partidos dos Estados Unidos, seja igual. Em entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (17), ele ainda afirmou que os grupos, apesar de entenderem a democracia como parte essencial em processos de negociações, divergem quanto ao pensamento de como ela pode ser implantada ao longo do território global.

Segundo o jornalista, a partir do governo de Jimmy Carter (período entre 1977 a 1981), os democratas adotaram uma política externa liberal, ao chegar a conclusão de que é mais vantajoso para os Estados Unidos que existissem mais democracia no mundo, pela facilidade de comércio entre si. “Democracias liberais tem seus portos abertos. Tem esse interesse me expandir negócios. Quanto mais expandir negócios os países fazem entre si, mais enriquecem as suas populações. Isso depende de haver democracias”, afirmou.

Pedro Doria ainda pontuou que a divergência entre os democratas e os republicanos, que também veem a democracia como algo essencial para os Estados Unidos, se dá pela forma com a qual eles entendem que ela deve ser implantada. “Do ponto de vista liberal, uma democracia não é implantada de cima para baixo”, o que vai contra o pregado pelos republicanos, que “acham que os Estados Unidos conseguem impor democracia onde eles quiserem, de cima para baixo”.

Segundo ele, essa tentativa de implantar uma democracia deliberadamente em um país aconteceu no Iraque, quando a potência invadiu o país visando estabelecer o modelo democrático de maneira forçada. “O que eles fizeram foi piorar a situação em termos generalizados em todo o oriente médio”.

Confira a entrevista na íntegra: