Janio de Freitas: Novo presidente do Irã tem sido esquecido por representar uma mudança de linha no poder

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em um ataque de Israel na capital do Irã na madrugada desta quarta-feira (30). Segundo a mídia iraniana, Haniyeh teria morrido após um ataque aéreo em um prédio para veteranos de guerra em Teerã. A repercussão da morte do líder do Hamas e seu impacto nas relações com o Irã foi abordado nesta quinta-feira (1º), no programa Três Pontos da Rádio Metropole.

Para o jornalista Janio de Freitas, um dos pontos  críticos ligados à morte de Haniyeh é a falta de cobertura e crítica da mídia internacional ao governo do Irã. Uma das razões seria o posicionamento político do recém empossado presidente, Masoud Pezeshkian, que se considera moderado e menos radical do que líderes anteriores. 

“Vale a pena lembrar o esquecimento da mídia internacional, mas nessa a brasileira tem uma presença notável, de que o presidente agora empossado no Irã, desde a eleição dele, no mês passado, é uma figura esquecida da imprensa, por uma razão muito positiva: ele disputou como um moderado com um linha dura que vendia o regime iraniano, que esperavam que fosse o eleito. E ele ganhou”, destacou. 

“Então não deu oportunidade para que os noticiários atacassem mais o Irã, porque foi o moderado o eleito, e provavelmente não vai repetir a radicalidade e o antiorientalismo dos seus antecessores. É importante notar essa mudança de linha no poder presidencial iraniano”, completou.

Masoud Pezeshkian foi eleito o novo presidente do Irã, no dia 6 de julho do último mês. Ele disputou o segundo turno contra o diplomata ultraconservador Saeed Jalili. O novo presidente defende uma aproximação do Irã com países ocidentais, como os Estados Unidos, para acabar com sanções que afetam a economia iraniana.

Confira o programa na íntegra: