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Em Sabatina do JC, Hélio Ferreira classifica dinâmica na Câmara como “rolo compressor” e critica sistema de transporte

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Em Sabatina do JC, Hélio Ferreira classifica dinâmica na Câmara como “rolo compressor” e critica sistema de transporte

O jornal da Cidade está realizando uma série de sabatinas com os vereadores de Salvador, todas as segundas-feiras

Em Sabatina do JC, Hélio Ferreira classifica dinâmica na Câmara como “rolo compressor” e critica sistema de transporte

Foto: Metropress/Fernanda Meneses

Por: Metro1 no dia 17 de junho de 2024 às 18:35

Atualizado: no dia 17 de junho de 2024 às 18:41

Vereador de segundo mandato na Câmara Municipal de Salvador, Hélio Ferreira (PCdoB) foi um dos entrevistados da Sabatina do Jornal da Cidade desta segunda-feira (17). Em seus 30 minutos de entrevista, o parlamentar comentou sobre as eleições municipais de outubro, seu eleitorado e ainda fez críticas ao sistema de transporte público e à configuração da Câmara Municipal de Salvador.

Perfil do eleitorado

Hélio é presidente do Sindicato dos Rodoviários de Salvador e tem justamente como eleitorado majoritário a categoria. Sua carreira política começou quando liderou, como funcionário de limpeza, a greve dos trabalhadores do Moinho em 1992. Depois se fortaleceu, quando ele virou cobrador de ônibus e posteriormente um dos líderes do sindicato. Hélio reconhece que o seu principal nicho de votos é da categoria e acredita que, por sua defesa pelo transporte público de qualidade, ele se expande também para as periferias.

Críticas ao transporte público
Hélio relembrou ainda seu voto a favor do subsídio dado às empresas de ônibus no final do ano passado e classificou sua postura como um “voto crítico, para não ser o responsável pela falência do sistema de transporte público da cidade”. 

“Eu sabia naquele momento que aquilo não resolveria o problema, que era só um paliativo e realmente foi um paliativo, porque no próximo ano vai ter que estar discutindo esse subsídio novamente. Então o que precisa é de uma política do transporte mais ousada, que ela contemple mais a população, que tenha um modelo de transporte mais adequado para a nossa cidade, o nosso modelo de transporte está muito obsoleto, a gente praticamente não tem vias exclusivas na cidade para ônibus”, afirmou, que cobrou ainda investimento em fluidez no trânsito e segurança, tecnologia nos ônibus. Segundo avaliação do vereador, há um déficit de veículos e a maioria deles está nos principais corredores da cidade. “Se colocar 100 ônibus a mais, ainda não dá conta do número de passageiros que tem no Subúrbio”, apontou.

“Espero que nesse ano, esse debate venha para as eleições municipais, para que tenham compromisso também de que a população possa ter o conforto. Corrigir esse problema social, porque essas pessoas que estão excluídas do transporte público, elas não vão ter direito a acesso ao serviço da cidade, à saúde, à educação, à cultura, ao lazer”, completou ao afirmar que quase um milhão de pessoas estão excluídas do transporte público porque não têm condições de pagar a tarifa.

Configuração na CMS
Um dos oito nomes da oposição na Câmara Municipal, Hélio classificou ainda a dinâmica da Casa de análise das pautas como um rolo compressor, que, segundo sua avaliação, aprova sem diálogo e a toque de caixa os projetos do Executivo. 

“O vereador de oposição sobrevive na unha, na questão mais ideológica [na CMS]. Vejo isso como um rolo compressor e acho muito ruim para democracia e para cidade, porque você não faz um debate mais profundo. São projetos que, às vezes, a gente tem que se debruçar nas madrugadas para poder olhar e tentar melhorar alguma coisa. E, quando a gente tem emendas para melhorar o projeto, melhorar a cidade, as emendas são todas rejeitadas. Dificilmente a oposição consegue que seja passada. É um rolo compressor que é passado na Câmara, com esse pensamento exclusivo do Executivo”, comentou.

Confira sabatina: