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Aos Fatos: PF entrega ao STF relatório que indicia Bolsonaro no caso das joias e entrevista com João Carlos Martins
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"Precisamos colocar a desafetação como alternativa a um município como Salvador", defende Tinoco
O vereador foi um foi participantes da quarta edição da sabatina do Jornal da Cidade
Foto: Metropress/Fernanda Vilas Boas
Na Câmara Municipal desde 2013, o vereador Cláudio Tinoco (União) foi um dos participantes da sabatina do Jornal da Cidade nesta segunda-feira (3). Durante os 30 minutos de entrevista, o parlamentar falou sobre sua relação com o ex-prefeito ACM Neto (União), sobre o desejo de um dia assumir a presidência da Casa e disse ainda ser a favor da desafetação de terrenos públicos como uma alternativa estratégica para a gestão municipal.
Questionado sobre o que ele achava da desafetação de áreas verdes e terrenos públicos em Salvador, como aconteceu com 44 áreas no final do ano passado, Tinoco usou como exemplo o novo Centro de Convenções da capital, para defender a medida como uma alternativa para a gestão municipal.
“O Centro de Convenções que nós construímos, R$ 130 milhões só de obra, foi todo ele financiado pela venda de áreas inservíveis em Salvador. Esse é um exemplo concreto de como você antecipa a receita extraordinária e reverte essa receita em benefício da população. O que o Centro de Convenções já produziu de 2020 até agora, mesmo no período de pandemia, é muito maior que o volume de recursos gerados através de impostos, de tributos e de negócios na cidade do que o investimento feito. E, repito, investimento feito através de uma receita extraordinária por venda de áreas inservíveis”, afirmou.
“Então, eu acho que distanciando os casos específicos de discussão que são legítimos e importantes, a gente precisa colocar logicamente a desafetação como uma alternativa a um município como Salvador, que já foi considerado um dos mais pobres, com muita dificuldade de investimento próprio”, completou o vereador. Tinoco destacou ainda que é um dos autores de emendas que retiraram 66 mil m² de área venda do projeto de lei de desafetação.
Presidência da CMS
Considerado um dos herdeiros políticos na Câmara, Cláudio Tinoco é sobrinho do ex-ministro da Educação e ex-vice-governador da Bahia Eraldo Tinoco, um dos expoentes do carlismo. Foi com o tio que o vereador começou a trajetória na vida pública. Quando questionado na sabatina sobre um sonho na carreira, ele não hesitou: ser presidente da Casa. Sonho que, segundo ele, já foi exposto em 2022.
“Mas eu sei que o meu jogo vai depender muito primeiro de eu me reeleger, segundo, conversar com o [Carlos] Muniz [atual presidente da CMS], que hoje ele é o candidato preferencial para isso, tem o nosso apoio para sua condução de reeleição. Mas quem sabe depois de Muniz, eu tenho dito isso. Aí é claro, é um arranjo muito interno pra que a gente possa conquistar esse espaço”, disse.
Acesso a ACM Neto
Tinoco foi questionado também sobre queixas de aliados a respeito de uma suposta dificuldade de acesso ao ex-prefeito ACM Neto (União), um dos principais líderes políticos do grupo. Amigo pessoal de Neto, o vereador rechaçou as reclamações.
“Converso com Neto sempre, não sou testemunha dessa característica [...] não é pela minha proximidade que tenho que tenho alguma prerrogativa, apesar de ter muita amizade com os pais, com a família, com ele mesmo. Agora também não tenho o perfil de ser uma pessoa intrusa [...] como líder político, nunca vi Neto deixar de enfrentar qualquer questionamento, qualquer questão que seus liderados apresentem”, opinou.
Confira a sabatina na íntegra:
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