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Ceuci Nunes diz que produção de medicamentos para o SUS é uma das prioridades da Bahiafarma
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Ceuci Nunes diz que produção de medicamentos para o SUS é uma das prioridades da Bahiafarma
Presidente da fundação falou sobre a importância do reforço de vacina da Covid-19 e contou planos do laboratório para produção e medicamentos no estado da Bahia
Foto: Reprodução/Metropole
Em entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Metropole, nesta segunda-feira (8), Ceuci Nunes, presidente da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), comemorou o fim da pandemia de Covid-19, e falou sobre os planos de fabricação de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado da Bahia.
Fim da pandemia
A Organização Mundial de Saúde decretou o fim do estado de emergência da pandemia de Covid-19 na última sexta-feira (5). Mas Ceuci reforçou que isso só foi possível graças à vacinação de grande parte da população, e que a necessidade de reforço do imunizante não deve ser esquecida.
“Não quer dizer que a doença desapareceu, ainda temos milhões de casos por dia no mundo. Mas são casos leves na maioria deles, e as pessoas que adoecem, é importante frisar, são as mais vulneráveis e as que não se vacinaram”, disse a entrevistada.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), até sexta-feira, apenas 662 mil baianos haviam tomado a dose de vacina bivalente contra a Covid-19, que é aproximadamente de 5% do público estimado.
Fabricação de medicamentos
Ainda durante a entrevista, Ceuci falou sobre o déficit de medicamentos do SUS. “A gente tem um problema grave de insumo de produção farmacêutica. Inclusive, diversos medicamentos, até corriqueiros, às vezes faltam nos postos de saúde porque não tem matéria prima para produzir”, afirmou a gestora.
Ela garantiu que a organização está em frequente diálogo com o Ministério de Saúde, que tem planos de incentivo à fabricação de medicamentos em todos os estados.“Temos clareza de que não é a Bahiafarma que vai suprir tudo isso, vamos entrar [no processo de fabricação] com os laboratórios farmacêuticos do Brasil. O Ministério da Saúde está organizando para que cada laboratório tenha sua área”.
Na Bahia, a presidente contou que a base para fabricação de sólidos orais (comprimidos), que já existe, será a prioridade. Os medicamentos produzidos serão aqueles com maior demanda no SUS. A expectativa é de que a fabricação inicie já no segundo semestre deste ano.
A produção de insulina também está nos planos da gestão. “Insulina é um insumo deficitário no mundo todo. São poucas big farmas que produzem. E a gente tem uma lei criando a Bahiainsulina e estamos vendo a possibilidade de voltarmos para trabalhar em cima disso”. A montagem de uma fábrica do insumo é um projeto aprovado desde 2020, e já possui terreno para instalação, mas negociações para a construção da unidade ainda estão sendo feitas. Ceuci disse que é um plano à longo prazo.
Confira a entrevista na íntegra:
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