Política
'O maior aliado do coronavírus é o próprio presidente da República', diz Molon
Em entrevista à Rádio Metrópole, deputado federal e líder do PSB na Câmara falou sobre pedido de impeachment apresentado pela legenda
Foto: Matheus Simoni/Metropress
O deputado federal e líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro precisa ser responsabilizado pelas atitudes que toma em meio à pandemia de coronavírus. Em entrevista a Mário Kertész no Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole, hoje (21), Molon disse que o PSB resistiu o máximo possível a entrar com um pedido de impeachment contra o chefe do Executivo, mas tomou a decisão diante da conjuntura. O requerimento foi apresentado à Câmara no último dia 29.
"O PSB resistiu muito a pedir o impeachment. Mesmo antes do começo da pandemia, o presidente já vinha cometendo crimes de responsabilidade, um atrás do outro. Quando começa a pandemia, o PSB, que já avançava na discussão para pedir o impeachment, resolveu refletir um pouco mais, porque nós desejávamos que toda a nossa energia e tempo pudessem ser dedicados ao combate ao coronavírus. Mas durante o enfrentamento da pandemia, foi ficando claro pra todos nós que o maior obstáculo ao enfrentamento da pandemia, o maior aliado do coronavírus é o próprio presidente da República, que está sabotando o distanciamento social, que obrigou o ministro da Saúde interino a adotar um protocolo de um remédio que não tem nenhuma comprovação científica. (...) Quando chegamos a essa conclusão de que mesmo durante a pandemia era fundamental pedir o impeachment dele, porque não pedi-lo significa tornar-se conivente inclusive com os crimes que o presidente vem cometendo contra a saúde pública, decidimos pedir o impeachment", explicou.
Segundo Molon, o requerimento apresentado pelo PSB lista pelo menos 11 crimes de responsabilidade tipificados que teriam sido cometidos por Bolsonaro. O parlamentar ainda avaliou que o Congresso poderia reagir de maneira mais firme às investidas do chefe do Executivo, mas acredita que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contribui para que isso não aconteça. "Maia vai medindo demais qualquer reação dele, num certo temor de parecer que está indo contra o governo", opinou.
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