Política
“Será dada a resposta”, afirma Cármen Lúcia sobre acusações de Tarcísio contra Boulos
Boulos apresentou uma notícia crime ao TSE contra Tarcísio, e o prefeito eleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), após fake news envolvendo facções criminosas
Foto: Reprodução/TSE
A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carmén Lúcia, afirmou no último domingo (27), que será dada uma resposta rápida referentes as acusações feitas pelo governador de São Paulo, Tarcisio Freitas (Republicanos) contra Guilherme Boulos (PSOL). Segundo a ministra, o incidente foi isolado e não compromete a credibilidade das eleições.
A declaração aconteceu após Tarcísio alegar na manhã de domingo (27), dia de segundo turno das eleições municipais, que conversas de integrantes de uma facção criminosa foram interceptadas pelo serviço de inteligência e mostram que havia orientações para que determinadas pessoas votassem em Boulos para a prefeitura da capital paulista.
No mesmo dia, Boulos apresentou uma notícia crime ao TSE contra Tarcísio, e o prefeito eleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O relator será o ministro Nunes Marques, que também é membro do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Sobre um caso que acontece quando 33 milhões de eleitores estão nas urnas, com 102 candidatos e que já foi judicializado, a Justiça Eleitoral tem prazo curtíssimo e sim, será dada a resposta. Fosse um país onde ficam meses ou semanas para dar a notícia até seria razoável a ilação [de que a Justiça Eleitoral está demorando a agir]”, declarou a ministra.
Cármen Lúcia explicou a tramitação de processos de fake news na Justiça Eleitoral e destacou que o órgão está criando um procedimento para uniformizar tipos de fake news que já tiveram decisões no TSE. O objetivo é dar mais rapidez às sentenças e reduzir o volume de processos em instâncias superiores.
"O que temos hoje é um sistema de alerta, o assessoramento específico de enfrentamento à desinformação que faz o encaminhamento de todas as notícias que chegam. O tratamento dado pelas instituições competentes, porque se trata em parte de uma investigação, em parte de uma necessidade de o Ministério Público verificar se é caso de denúncia. Se for, há o processo que segue a tramitação regular do processo penal eleitoral", disse.
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