
Política
STF: Temer se aproxima de Dias Toffoli, que assumirá Corte em 2018
O presidente Michel Temer vem se aproximando do ministro Dias Toffoli, que vai assumir o comando do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro do ano que vem. [Leia mais...]

Foto: Divulgação
O presidente Michel Temer tem se aproximado do ministro Dias Toffoli, que vai assumir o comando do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro do ano que vem. A aproximação acontece depois do desgaste no relacionamento com a atual chefe da Corte, Cármen Lúcia. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as conversas entre os dois provocaram desconfianças e estocadas do outro lado da Praça dos Três Poderes.
Temer usaria o argumento de estar preocupado com a harmonia entre o Executivo e o Judiciário para se aproximar de Toffoli. O presidente teria perguntado a interlocutores, nos últimos dias, se achavam que ele também deveria procurar outros ministros do Supremo e foi incentivado a seguir o caminho. O presidente mantém amizade no tribunal com Gilmar Mendes – que chegou a redigir o esboço de uma proposta para instituir o semipresidencialismo no Brasil – e com Alexandre de Moraes, ex-titular da Justiça.
“Sempre tive uma boa relação com ele”, afirmou Toffoli à publicação. “Foi um bate-papo muito cordial. Perguntei, por exemplo, como foi o encontro dele com Trump”, completou o ministro, ao referir-se ao jantar ocorrido em Nova York, em setembro, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na prática, Temer começou a se afastar de Cármen em maio, depois que vieram à tona as delações do empresário Joesley Batista e de outros executivos da J&F, no âmbito da Lava Jato. A portas fechadas, auxiliares do presidente dizem que, naquele momento, ficou evidente o desejo dela de ser uma espécie de “salvadora da Pátria”.
Na avaliação do Palácio do Planalto, Cármen atuou com o objetivo de aparecer como “solução de consenso” para a crise política. Aliados de Temer não têm dúvidas de que a magistrada fez articulações para ser indicada, em caso de eleição indireta no Congresso, como o nome que assumiria o comando do país até 2018, se ele não resistisse às denúncias de corrupção. Desde então, a relação entre os dois ficou estremecida e hoje é distante e protocolar.
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