
Política
Guerra comercial de Trump gera incertezas para o Brasil; senadores avaliam consequências
Senadores divergem sobre os impactos da crise econômica mundial no país, com foco em inflação e oportunidades para o agronegócio

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
A recente intensificação da guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, aumentou a instabilidade no mercado global. No Brasil, os senadores divergem sobre os impactos dessa situação. Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) acredita que, devido à vulnerabilidade da economia brasileira, o país sofrerá com a alta do dólar e da inflação. Tereza Cristina (PP-MS) vê novas oportunidades para o agronegócio, enquanto Esperidião Amin (PP-SC) defende a diplomacia, ressaltando que o Brasil foi pouco afetado pela guerra.
Na quarta-feira (9), Trump anunciou uma nova tarifa de 125% sobre produtos chineses após a China responder com uma taxa de 84% sobre mercadorias americanas. O presidente também suspendeu por 90 dias a adoção de tarifas contra países que mantiverem taxas mínimas de 10%.
Guimarães alerta que o aumento do endividamento público torna a economia brasileira mais frágil. Ele afirma que a desvalorização do real e o aumento da inflação exigem juros mais altos, o que prejudica ainda mais o país.
Por outro lado, Tereza Cristina acredita que o agronegócio poderá se beneficiar da guerra comercial, com novas parcerias e mercados surgindo à medida que outros países fecham suas portas aos produtos dos EUA. O consultor Fernando Lagos endossa essa visão, mas também destaca a importância da diplomacia nas negociações com os Estados Unidos.
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