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Entidades vão ao Supremo contra resolução do CFM sobre jovens transexuais

Política

Entidades vão ao Supremo contra resolução do CFM sobre jovens transexuais

Ação questiona constitucionalidade de norma que proíbe bloqueio hormonal e cirurgias de transição em menores

Entidades vão ao Supremo contra resolução do CFM sobre jovens transexuais

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

Por: Metro1 no dia 16 de abril de 2025 às 18:28

 

Organizações LGBTQIA+ acionaram o STF (Supremo Tribunal Federal) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para contestar a nova resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), que trata do atendimento a crianças e adolescentes transgênero.

A norma, publicada na manhã desta quarta-feira (16), veta o uso de bloqueadores hormonais com finalidade de transição de gênero para menores de idade e eleva de 18 para 21 anos a idade mínima para a realização de cirurgias com potencial esterilizante — aquelas que afetam a capacidade reprodutiva.

Protocolada à tarde, a ação foi apresentada pela Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e pelo Ibrat (Instituto Brasileiro de Transmasculinidades), com suporte jurídico do advogado Paulo Iotti, conhecido por atuar no processo que levou à criminalização da homofobia no país.

Na argumentação, os autores pedem a revogação da resolução, que consideram inconstitucional por ferir princípios como o da dignidade da pessoa humana, ao permitir a imposição de sofrimento e condições degradantes que violam a honra, a espiritualidade e a integridade dos indivíduos.

O texto também aponta que o direito ao acesso integral à saúde, previsto na Constituição, estaria sendo comprometido.
"O Conselho Federal de Medicina, ao tomar uma decisão político-ideológica, faz uma caçada aos nossos direitos com a intenção de apagar pessoas trans da vida pública", declarou Bruna Benevides, presidente da Antra.