Política
Diretor da PF minimiza críticas de Lira sobre indiciamento de deputados e defende investigações
Arthur Lira expressou preocupação com as ações da PF contra os parlamentares, defendendo a imunidade do discurso no plenário como essencial
Foto: Hudson Fonseca/Aleam
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que as críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não interferem nas atividades da corporação relacionadas ao indiciamento de deputados por declarações feitas no plenário contra um delegado da instituição.
“Interferir no trabalho da PF? Nenhum receio. Não nos afastaremos nem um milímetro do que nos orienta: a Constituição e as leis. Esses são os pilares que sustentam nossas investigações e garantem nossa capacidade de dar respostas sólidas ao sistema de justiça criminal”, destacou Rodrigues.
Embora tenha enfatizado o respeito à Câmara dos Deputados, o diretor-geral frisou que a imunidade parlamentar não pode ser usada como justificativa para a prática de crimes. Ele fez a declaração durante um café da manhã com jornalistas. “Precisamos distinguir o que é liberdade de expressão, um direito garantido aos parlamentares em relação às suas falas, votos e opiniões, do que é crime. Nenhum direito é absoluto. A mesma Constituição que assegura a imunidade parlamentar também protege outros direitos fundamentais, como a honra”, explicou.
Os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) foram indiciados pela PF sob as acusações de calúnia e difamação devido a críticas feitas ao delegado Fábio Alvarez Shor. Na semana passada, Arthur Lira expressou preocupação com as ações da PF contra os parlamentares, defendendo a imunidade do discurso no plenário como essencial para o exercício do mandato.
“Sem essa imunidade, o plenário do parlamento brasileiro, esse espaço de liberdade, estaria vulnerável a limitações e censura, comprometendo a atividade parlamentar”, declarou o presidente da Câmara.
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