Política
Após revelações da PF sobre plano contra Lula, Barroso diz que golpe de Estado esteve "mais próximo do que imaginávamos"
Investigação aponta plano para matar Lula, Alckmin e Moraes após derrota de Bolsonaro em 2022
Foto: Antonio Augusto/STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou nesta terça-feira que o Brasil esteve "mais próximo do que imaginávamos" de sofrer um golpe de Estado.
A fala do ministro foi feita após a Polícia Federal divulgar informações sobre um suposto plano dos "kids pretos" do Exército, que teria como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, após a derrota eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.
"Tudo sugere que estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável. O que é possível dizer, neste momento, é que o golpismo, o atentado contra as instituições e contra os agentes públicos que as integram, nada têm a ver com ideologia ou com opções políticas. É apenas a expressão de um sentimento antidemocrático e do desrespeito ao Estado de direito. Nós estamos falando de crimes previstos no Código Penal", disse.
A declaração do presidente do STF ocorreu na sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também é presidido por ele. Segundo Barroso, as notícias sobre um suposto plano de golpe são "estarrecedoras", mas reforçou que as investigações estão em curso e que é preciso "aguardar a sua evolução".
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